domingo, 28 de fevereiro de 2016

sábado, 27 de fevereiro de 2016

OBESIDADE - UMA EPIDEMIA NEOLIBERAL ?

Na semana que termina o jornal Expresso (aqui) e o jornal Público (aqui), publicaram dois artigos, acerca da alimentação dos portugueses. Um acerca da má alimentação e das suas consequências " Portugueses estão a mudar a dieta. Para pior " e o outro de opinião juntando alimentação, saúde e neoliberalismo "Impostos e gordura” que tinha com subtítulo “O neoliberalismo tem-se relacionado com o aumento da obesidade. O neoliberalismo faz mal à saúde. Isto anda mesmo tudo ligado.”
Para muitos parecerá estranho misturar alimentação e neoliberalismo, preconceito ideológico ou mesmo demagogia. Mas a mim sugeriu-me a recordação do livro publicado em 2015 " How Politics Makes Us Sick. Neoliberal Epidemics” de Ted Schrecker e Clare Bambra, investigadores na área dos determinantes sociais da saúde e professores na Universidade de Durham, onde os autores avaliam os efeitos sobre a saúde de três décadas de políticas neoliberais, tendo como foco os seus efeitos sobre a saúde e os seus determinantes sociais. Para os autores são quatro as epidemias neoliberais: a austeridade, a obesidade, o stress e a desigualdade. 


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

TARIFA SOCIAL DE ELETRICIDADE - UM EXEMPLO DE "SAÚDE EM TODAS AS POLÍTICAS

O Orçamento de Estado português para 2016 hoje aprovado, na generalidade, na Assembleia República prevê que um milhão de portugueses vão passar a pagar tarifa social de eletricidade, contra os atuais 110.000 beneficiários (aqui).

Portas do Ródão - Tejo - Portugal

Num país em que 1 em cada 4 pessoas (24%) vivia em Portugal em agregados familiares sem capacidade para manter a casa aquecida adequadamente – pobreza energética (aqui) (dados de 2015, de acordo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo INE) esta medida é um bom exemplo da “Saúde em Todas as Políticas” (aqui) (aqui)


De acordo com a evidência publicada são os mais pobres e em particular os mais velhos (especialmente os que têm idade superior a 85 anos) que são os mais propensos a terem em simultâneo as casas mais frias e húmidas e a menor capacidades para as manterem aquecidas, gerando condições propícias ao agravamento da sua condição de saúde.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A AUSTERIDADE MATA - O AUMENTO DO SUICÍDIO

Num recente artigo, “Crisis, suicide and labour productivity losses in Spain”, publicado no European Journal of Health Economics de Janeiro de 2016, investigadores da Universidade da Corunha concluem que uma diminuição no crescimento económico e um aumento do desemprego afetam negativamente as taxas de mortalidade por suicídio.
“ The results provide a strong indication that a decrease in economic growth and an increase in unemployment negatively affect suicide rates. Due to suicide, 38,038 potential years of working life were lost in 2013. This has an estimated cost of over 565 million euros.”

O estudo (versão integral aqui) abrangeu dados de 17 regiões de Espanha incluindo variáveis ​​como o crescimento per capita do PIB, desemprego ou desemprego de longa duração, entre 2002 e 2013.
Este estudo confirma a relação negativa entre a crise económica e a mortalidade por suicídio verificada também em dois artigos publicados em 2013 e 2014 no British Journal of Psychiatry e na Lancet e no livro de David Stuckler e Sanjay Basu " The Body Economic: Why Austerity Kills",
  • Economic suicides in the Great Recession in Europe and North America (aqui)
  • Financial crisis, austerity, and health in Europe (aqui)






domingo, 21 de fevereiro de 2016

MORRER DE TÉDIO - BORED TO DEATH - WHITEHALL II

Em 2010 dois investigadores do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da University College London, Annie Britton e Martin Shipley publicaram no International Journal of Epidemiology o trabalho “Bored to Death” traduzido literalmente para “Morrer de Tédio”(Aqui)

Partindo da análise de uma pergunta colocada na fase 1, 1985-1988, do estudo “Whiteall II” colocada aos participantes “ Nas últimas 4 semanas sentiu-se entediado? - In the past 4 weeks have you felt bored?” e repetida na fase 2, 1989-1990, concluíram, que os participantes do estudo que tinham respondido bastante/muitíssimo – (Quite a lot/A great deal) eram mais propensos a morrer mais jovens do que aqueles que não são se sentiam entediados.
Concluíram ainda que o tédio era certamente um proxy para outros fatores de risco, em particular entre as populações mais jovens.


“We conclude that those who report being bored are more likely to die younger than those who are not bored. However, the state of boredom is almost certainly a proxy for other risk factors. Whilst some aspects of life may not be so easily modified (e.g. disease status or position in society), proneness to boredom, particularly in younger populations, could be indicative of harmful behaviours such as excessive drinking, smoking, taking drugs and low psychological profiles. Finding renewed interest in social and physical activities may alleviate boredom and improve health, thus reducing the risk of being ‘bored to death’.”

sábado, 20 de fevereiro de 2016

WHITEHALL I - UMA RELAÇÃO INVERSA ENTRE GRADIENTE SOCIAL E MORTALIDADE

O nome "Whitehall'(rua e área onde se localiza o centro administrativo do Reino Unido localizado entre Charing Cross e Houses of Parliament) deu nome ao primeiro estudo “Whitehall” desenvolvido por Donald Reid e Geoffrey Rose na década de 60 (1967) como uma espécie de Framingham britânico, na medida em que foi um estudo longitudinal da doença cardio-respiratória e da diabetes, abrangendo cerca de 18.000 (homens) funcionários públicos de Whitehall, tendo como objetivos os fatores de risco individuais de saúde.
As diferenças socioeconómicas, à época, não estavam na agenda. Para a maior parte dos epidemiologistas a "classe social" não era um objeto de estudo, mas uma variável de controlo e a opinião geral era de que as pessoas pobres tinham doenças de privação material e as pessoas ricas tinham doença cardíaca e úlceras pépticas.

No entanto, o primeiro estudo Whitehall deixou claro que as desigualdades na saúde não se limitavam às consequências da pobreza sobre a saúde, uma vez que o estudo demonstrava uma relação inversa entre o grau de gradiente social e a mortalidade. Quanto menor o gradiente social maior o risco de morte. 

Assim e ao contrário da asserção popular os funcionários administrativos (clerical) e os trabalhadores manuais/operários (blue collor) tinham maior probabilidade de morrer de ataque cardíaco do que os gestores de topo. Fumar, fazer pouco exercício ou ter uma dieta pobre eram importantes mas apenas uma parte do problema.
De ora avante era necessário estudar o efeito do gradiente social sobre a saúde e a doença.

Daí nasceu o Whitehall II.


A decorrer desde 1985 o estudo Whitehall II  (aqui) completa no ano de 2016 a 12.ª Fase (aqui).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

THE SKIN YOU´RE IN - DESIGUALDADES RACIAIS EM SAÚDE NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

“THE SKIN YOU'RE IN” um documentário escrito e produzido por Thomas LaVeist, Diretor do John Hopkins Center for Health Disparities Solutions, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health e dirigido por Paul Sanderson, descreve as desigualdades em saúde entre os afro-americanos e todos os outros grupos étnicos dos Estados Unidos.

Apresentado no Global Public Health Film Festival da Associação Americana de Saúde Pública de 2014, o documentário dá a conhecer a vida cotidiana das famílias afro-americanas, as principais diferenças  na morbilidade e na mortalidade disparidades entre os afro-americanos e os outros grupos étnicos dos EUA, ouve investigadores e especialistas e dá a conhecer possíveis soluções para reduzir estas desigualdades.






sábado, 13 de fevereiro de 2016

AUMENTO DA MORTALIDADE E DA MORBILIDADE ENTRE OS NORTE-AMERICANOS BRANCOS DE MEIA IDADE - UM CASO DE " DISEMPOWERMENT"

Um recente artigo publicado na revista Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, "Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America" (PNAS) de Dezembro de 2015, intitulado “Rising morbidity and mortality in midlife among white non-Hispanic Americans in the 21st century”, os autores  Anne Case e Angus Deaton investigadores da Woodrow Wilson School of Public and International Affairs and Department of Economics, Princeton University, Princeton, encontraram um aumento significativo na mortalidade por qualquer causa entre os norte-americanos brancos não hispânicos dos 45 aos 54 anos, ao contrário da descida verificada  nos outros grupos (black non-Hispanics and Hispanics). 

All-cause mortality, ages 45–54 for US White non-Hispanics (USW), US Hispanics (USH), and six comparison countries: France (FRA), Germany (GER), the United Kingdom (UK), Canada (CAN), Australia (AUS), and Sweden (SWE).
De acordo com o estudo estes resultados não só contrariam a redução verificada nas últimas décadas na mortalidade nos EUA, como são únicos entre os países de renda alta. Este aumento da mortalidade para os brancos não hispânicos é em grande parte explicada pelo aumento das taxas de mortalidade consumo abusivo de álcool e drogas ilegais, suicídio, cirrose e doenças crónicas do fígado, atingindo todas os níveis de escolaridade, mas sendo mais marcada entre os menos escolarizados. O estudo revela ainda um aumento da morbilidade entre as mulheres brancas não hispânicas, um agravamento (self-reported) do estado de saúde em geral, da saúde mental, da capacidade para realizar as atividades da vida da diária e ainda um aumento da dor crónica, da incapacidade para o trabalho, e uma deterioração das provas da função hepática.  Os autores concluem que as causas para estes resultados residem em causas económicas e sociais que afetaram os brancos não hispânicos nas últimas décadas.

Mortality by cause, white non-Hispanics ages 45–54
“After the productivity slowdown in the early 1970s, and with widening income inequality, many of the baby-boom generation are the first to find, in midlife, that they will not be better off than were their parents. Growth in real median earnings has been slow for this group, especially those with only a high school education. However, the productivity slowdown is common to many rich countries, some of which have seen even slower growth in median earnings than the United States, yet none have had the same mortality experience. The United States has moved primarily to defined-contribution pension plans with associated stock market risk, whereas, in Europe, defined-benefit pensions are still the norm. Future financial insecurity may weigh more heavily on US workers, if they perceive stock market risk harder to manage than earnings risk, or if they have contributed inadequately to defined-contribution plans.”

Estamos, pois, perante uma situação de “disempowerment”, circunstância em que as pessoas passam a ter pouco controle sobre suas vidas, encontrando-se socialmente isoladas ou incapazes de participar plenamente na sociedade.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

OS EFEITOS DAS REFORMAS LABORAIS SOBRE O TRABALHO E A SAÚDE - TO PROTEST IS TO REFUSE BEING REDUCED TO ZERO AND TO ENFORCED TO SILENCE

RECURSOS SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE - LIVROS

" Sin trabajo, sin derechos, sin miedo" 

Na introdução  do livro " Sin trabajo, sin derechos, sin miedo. Las reformas laborales y sus efectos sobre el trabajo y la salud " Editorial Icaria, com cordenação de Albert Recio , Gemma Tarafa, Joan Benach, os autores escolheram entre outras uma citação de John Berger retirada do livro “Bento’s Sketchbook”:
“To protest is to refuse being reduced to zero and to an enforced silence. Therefore, at the very moment a protest is made, if it is made, there is a small victory. The moment, although passing like every moment, acquires a certain indelibility. It passes, yet it has been printed out. A protest is not principally a sacrifice made for some alternative, more just future; it is an inconsequential redemption of the present. The problem is how to live time and again with the adjective inconsequential.”

O livro aborda o efeito das reformas laborais e os seus efeitos sobre o trabalho e a saúde na perspetiva de um coletivo de investigadores da Universidade Autónoma de Barcelona, da Universidade Pompeu Fabra – Barcelona, da Universidade de Valência, do Instituto Sindical de Trabalho, Ambiente e Saúde (Barcelona) e do Instituto Nacional de Segurança, Higiene e Trabalho (Barcelona), que nas perspetivas dos autores representam:
“... una agresión sin precedentes históricos recientes a los derechos de millones de trabajadores y trabajadoras. Es un golpe de Estado en materia laboral, la “joya de la corona” de los gobiernos neoliberales que aspiran a reforzar el poder de los empresarios, debilitar convenios colectivos, facilitar despidos e incluso destruir el derecho laboral. Las reformas precarizan el empleo, aumentan la desigualdad, empeoran las condiciones laborales y dañan la salud y calidad de vida de los trabajadores y sus familias. Cambiar la situación actual no será sencillo ni rápido pero es imprescindible actuar y unir fuerzas, resistir frente a la actual situación y luchar por un cambio estructural profundo en el modelo productivo, en las condiciones de empleo y trabajo y en cómo reorganizar la vida social y laboral. No nos regalarán el tener un empleo justo ni un trabajo digno, habrá que luchar por ello. Nuestro trabajo, nuestra salud, nuestra vida, nuestra felicidad están en juego.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

5 NOVOS INDICADORES PARA MEDIR O SUCESSO DE UMA ECONOMIA - Five headline indicators of national success

O NEF (New Economics Foudantion) o principal "think tank" Britânico que tem como objetivos "promoting social, economic and environmental justice", colocando a economia ao serviços das pessoas e do planeta, propôs recentemente uma nova abordagem para avaliar o sucesso de uma economia propondo cinco indicadores chaves em vez de reduzir a avaliação do sucesso de economia ao crescimento do PIB.
Sustentando-se em consultas públicas realizadas no Reino Unido, onde os cidadãos identificam os fatores que levam ao sucesso de uma economia; trabalho seguro e bem remunerado; níveis elevados de bem-estar pessoal; serviços públicos eficazes garantindo boas condições de saúde e educação; baixos níveis de desigualdade económica e um ambiente saudável, o NEF propõe cinco indicadores chave para medir o sucesso da economia em vez da tradicional medida do PIB, uma vez que este cria um poderoso incentivo para que os decisores políticos priorizem o crescimento económico acima de outros objetivos. (aqui)




  1. Good jobs: everyone should be able to find secure, stable employment that pays at least enough to provide a decent standard of living.
  1. Wellbeing: improving people’s lives should be the ultimate aim of public policy, measured at headline level as average reported life satisfaction.
  1. Environment: our prosperity and that of future generations depends on a healthy environment. UK carbon emissions must not exceed the set limit if we want to avoid dangerous climate change.
  1. Fairness: high levels of inequality, evidenced by a growing gap between the incomes of the top and bottom 10% of households, have been proven to have corrosive effects on both society and economy.
  1. Health: good quality healthcare and public health provision, measured by a reduced percentage of deaths considered avoidable, is a pre-requisite for all other social and economic goals.
Deixamos aqui o resultado da sua aplicação á economia do Reino Unido.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

RECURSOS SOBRE DETERMINANTES DA SAÚDE - OBSERVATORIO DE SALUD EN ASTURIAS

RECURSOS SOBRE DETERMINANTES DA SAÚDE

 OBSERVATORIO DE SALUD EN ASTURIAS




O Observatorio criado em 2010 pela Dirección General de Salud Pública y Participación da Consejeria de Salud y Servicios Sanitarios de Asturias em colaboração com a University of Wisconsin Population Health Institute desenvolve o seu trabalho em torno de três linhas de acção principais: 
  • a criação de um espaço de conhecimento sobre a informação em saúde das Astúrias através de publicação de relatórios periódicos;
  • assegurar que esta informação chegue de forma compreensível ao maior número possível de atores sociais, destacando a importância de abordar os determinantes sociais da saúde;
  • vincular a informação sobre os indicadores de saúde às diferentes atuações comunitárias que se estão a desenvolver nas Astúrias;
O modelo teórico escolhido escolhido pelo Observatório para abordar os determinantes da saúde e os resultados em saúde utiliza os modelos de: Terris Solar e Irwin, Dhalgren e Whitehead, Wilkinson e Marmot.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

SAÚDE E AUSTERIDADE - NÃO FUNCIONAM

No momento em que na União Europeia, a Comissão pressiona os Governos de Itália, Portugal e Espanha a mais medidas austeritárias (aqui) (aqui) (aqui)nos seus orçamentos vale a pena lembrar o trabalho da Comissão Lancet " The political origins of health inequity: prospects for change " traduzido para português pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz)com o título "As origens políticas das inequidades em saúde:perspectivas de mudança" que denuncia as políticas de austeridade ditadas após a crise financeira e económica global e os seus efeitos nocivos para a saúde dos cidadãos de todo o mundo.

Manifestação " Que se lixe a Troika" 2 Março 2013 - Lisboa

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

DIA MUNDIAL DA SAÚDE 2016: DIABETES - 7 de Abril 2016

DIA MUNDIAL DA SAÚDE 2016: DIABETES

7 de Abril 2016

De acordo com os dados do Atlas da Diabetes da Federação Internacional da Diabetes estima-se que 415 milhões  de pessoas adultas no mundo tenham Diabetes, quando em 2008 esse número era de 347 milhões e se prevê que em 2020 esse número atinja os 642 milhões. (aqui)

De acordo com a Organização Mundial de Saúde em 2012, a doença causou (diretamente) cerca de 1,5 milhões de mortes, com mais de 80% a ocorrerem nos países de baixa e média renda.



A OMS estima que a Diabetes seja a sétima principal causa de morte em 2030.


A Organização Mundial da Saúde escolheu a Diabetes como lema para o Dia Mundial da Saúde de 2016, (aqui) porque:

1. A epidemia de diabetes está a aumentar rapidamente em todo o mundo e em particular nos países de baixa e renda média;

2. Uma grande proporção de casos de diabetes são evitáveis;

3. A diabetes é tratável, pode ser controlada evitando complicações. O aumento do acesso ao diagnóstico, à educação, à capacidade para auto-gerir a doença e ao tratamento a preços acessíveis são componentes fundamentais da resposta.

4. Os esforços para prevenir e tratar o diabetes serão importantes para atingir o objectivo global de desenvolvimento sustentável Meta 3 reduzindo a mortalidade prematura por doenças crónicas de 1/3 até 2030. 



Desde há muito que conhecemos os determinantes sociais da Diabetes. Sabemos que a Diabetes é mais preponderante entre as pessoas de baixos rendimentos, com menor escolaridade, e não apenas nos muito pobres, e que à medida que se desce no gradiente social, que se tem um trabalho mal pago e pouco qualificado, o número de pessoas com Diabetes aumenta.