Nos
próximos dias 24 e 25 de Setembro, reunirão em Nova Iorque na sede das Nações
Unidas, os Chefes de Estado e de Governo num Fórum Político de Alto Nível
durante a 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas para analisar o
progresso na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e
os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) aprovados em 2015 durante
a 70.ª Assembleia Geral das Nações Unidas (Aqui).
Com o
objetivo de lançar a discussão foi publicado o Relatório de Desenvolvimento Sustentável 2019, preparado por uma equipa de especialistas independentes da Sustainable
Development Solutions Network (SDSN) and Bertelsmann Stiftung que inclui o SDG Index (Índice dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável) e os Dashbord
de acompanhamento dos indicadores que permitem monitorizar a evolução das 169
metas propostas para o cumprimento dos 17 Objetivos para o desenvolvimento Sustentável.
De forma
geral, o relatório de acompanhamento conclui que os progressos para o cumprimento
das metas e dos objectivos para o desenvolvimento sustentável, tem sido
demasiado lentos e a continuarem assim não irão garantir o cumprimento dos ODS
até 2030.
No cômputo
geral as nações do mundo obtêm o seu pior desempenho nos ODS 13 (Ação Climática),
ODS 14 (Vida de Baixo da Água) e ODS 15 (Vida sobre a Terra). Nenhum país obtém
uma “classificação verde” (o indicador do relatório para a obtenção de um ODS)
no ODS 14 (Vida de Baixo da Água).
Os autores
concluem que o uso sustentável da terra e os regimes alimentares saudáveis requerem
intervenções integradas na agricultura, no clima e nas políticas de saúde. Afirmam que os países mais desenvolvidos
e de renda alta, necessitam de alterar as dinâmicas de produção e consumo, uma
vez que geram efeitos ambientais e económicos nefastos, dando como exemplos: o
desmatamento como resultado do uso de óleo de palma e de outros combustíveis, os
paraísos fiscais e o sigilo bancário com factores que minam as finanças
públicas ou a tolerância com que encaram o trabalho sem direitos nas cadeias de
fornecimento internacional de trabalhadores, prejudicando em particular as
mulheres e os pobres.
Alertam
ainda para os conflitos que em muitas partes do mundo continuam a levar a
reversões no progresso dos ODS, à escravatura moderna e ao elevado número de
pessoas em reclusão nos países menos desenvolvidos e de renda de baixa, para as
desigualdades de rendimento verificadas nos países de renda alta e para o fosso
persistente observado no acesso aos serviços e às oportunidades, em função do
território e do rendimento. Terminam considerando que a erradicação da pobreza
extrema continua a ser um desafio global, com mais de metade das nações do
mundo longe de alcançar o objetivo ODS, erradicar a pobreza.
O índice dos
17 objectivos de desenvolvimento sustentável, resumidos no SDG Index e nos Dashboards,
é liderado pela Dinamarca, pela Suécia e pela Finlândia, enquanto a República
Democrática do Congo, o Chade e República Centro-Africana estão em último lugar
entre os 162 países avaliados.
PORTUGAL - SDG INDEX 2019 |
Portugal
encontra-se no 26.º lugar, estando a cumprir melhor no ODS 1 (Erradicação da
Pobreza) 98.7%, no ODS 4 (Educação de Qualidade) 95.5%, no ODS 7 (Energia
Acessível e Limpa) 94.6, no ODS 3 (Boa Saúde e Bem-Estar) 92.1 e no ODS 13
(Combate às alterações climáticas) 91.5%.
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