terça-feira, 26 de dezembro de 2017

DESEMPREGO, POBREZA, SOLIDÃO E DEPRESSÃO SÃO PREDITORES DE DOENÇA CARDIOVASCULAR - RÚSSIA

No início do mês de dezembro de 2017, a revista PlosMedicine publicou um estudo de Tillmann e colaboradores, “Psychosocial and socioeconomic determinants of cardiovascular mortality in Eastern Europe: A multicentre prospective cohort study” (aqui) realizado com o objetivo de conhecer os fatores psicossociais e socioeconómicos associados à mortalidade por doença cardiovascular (DCV), referenciados nas diretrizes europeias de 2016 como fatores alvo de intervenção (aqui), nos países da Europa Oriental uma vez que estes têm das maiores taxas de mortalidade por DCV do mundo. (aqui)
GBD Compare IHME

O estudo que envolveu 28.945 homens e mulheres com idades compreendidas entre os 43 e os 72 anos da Rússia, da República Checa e da Polónia, com uma taxa de resposta global de 59% (61% na Rússia e Polônia e 55% na República Checa),confirmou que na coorte Russa os fatores de risco convencionais como o tabaco, a pressão arterial alta, a diabetes, a inatividade física e a obesidade estavam fortemente associados ao risco de morrer por doença cardíaca e concluiu que os fatores socioeconómicos e psicossociais como o estar desempregado, viver sozinho, ser pobre e ter depressão estavam associados a um maior risco de morrer por doença cardíaca.

Apesar dos resultados encontrados, quer para os fatores convencionais, quer para os fatores relacionados com stress, os autores não conseguiram explicar o porquê do risco de morte cardiovascular ser duas vezes maior na Rússia do que na Polónia ou na República Checa.

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