No início
do mês de dezembro de 2017, a revista PlosMedicine publicou um estudo de Tillmann
e colaboradores, “Psychosocial and socioeconomic determinants of cardiovascular
mortality in Eastern Europe: A multicentre prospective cohort study” (aqui) realizado
com o objetivo de conhecer os fatores psicossociais e socioeconómicos
associados à mortalidade por doença cardiovascular (DCV), referenciados nas
diretrizes europeias de 2016 como fatores alvo de intervenção (aqui), nos países da Europa
Oriental uma vez que estes têm das maiores taxas de mortalidade por DCV do
mundo. (aqui)
GBD Compare IHME |
O estudo
que envolveu 28.945 homens e mulheres com idades compreendidas entre os 43 e os
72 anos da Rússia, da República Checa e da Polónia, com uma taxa de resposta
global de 59% (61% na Rússia e Polônia e 55% na República Checa),confirmou que na
coorte Russa os fatores de risco convencionais como o tabaco, a pressão
arterial alta, a diabetes, a inatividade física e a obesidade estavam
fortemente associados ao risco de morrer por doença cardíaca e concluiu que os
fatores socioeconómicos e psicossociais como o estar desempregado, viver
sozinho, ser pobre e ter depressão estavam associados a um maior risco de
morrer por doença cardíaca.
Apesar dos
resultados encontrados, quer para os fatores convencionais, quer para os
fatores relacionados com stress, os autores não conseguiram explicar o porquê
do risco de morte cardiovascular ser duas vezes maior na Rússia do que na Polónia
ou na República Checa.
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