De acordo
com os dados publicados na passada quinta-feira, 21 de dezembro pelo Centers
for Disease Control and Prevention (CDC) “Mortality in the United States, 2016”
(aqui), a esperança de vida nos EUA diminuiu pelo segundo ano consecutivo em
mais de 20 anos. Os dados agora publicados referentes a 2016 mostram uma
diminuição de 1 décima na esperança de vida entre 2016 e 2015, isto é, uma
diminuição da esperança de vida à nascença de 78.7 em 2015 para 78.6 em 2016.
Este
decréscimo resulta do aumento da mortalidade por causas externas “unintentional
injuries” de 9.7%, da mortalidade por doença de Alzheimer de 3.1% e da
mortalidade por suicídio de 1.5%.
Os dados
agora apresentados revelam um crescimento da mortalidade por abuso de drogas de
21% entre 2016 e 2015 (63.600 mortes em 2016 contra 52.000 em 2015), envolvendo
sobretudo drogas sintéticas como o fentanilo e o tramadol, de 2015 para 2016,
as mortes por overdose aumentaram nos grupos etários dos 45–54, dos 55–64, e
dos 65 e mais respetivamente em 15%, 17%, e 7% respetivamente.(aqui)
The pattern
of drugs involved in drug overdose deaths has changed in recent years. The rate
of drug overdose deaths involving synthetic opioids other than methadone (drugs
such as fentanyl, fentanyl analogs, and tramadol) doubled in a single year from
3.1 per 100,000 in 2015 to 6.2 in 2016. Rates of drug overdose deaths involving
heroin increased from 4.1 in 2015 to 4.9 in 2016. Rates of drug overdose deaths
involving natural and semisynthetic opioids increased from 3.9 in 2015 to 4.4
in 2016.
Apesar da
prudência com que estes resultados têm se ser encarados por se referirem aos
anos de 2015 e 2016, os dados preliminares referentes a 2017 preveem um
agravamento das mortes por overdose por opióides sintéticos como o fentanilo,
seus similares e tramadol (aqui), confirmam os resultados do estudo publicado em 2015,
por Anne Case1 e Angus Deaton “ Rising morbidity and mortality in midlife among
white non-Hispanic Americans in the 21st century” (aqui), que mostrava que a taxa de
mortalidade dos brancos de meia-idade tinha aumentado desde 1998 nos problemas
de saúde relacionados com o consumo de drogas e álcool, com o suicídio, com a
doença hepática crónica e a cirrose, especialmente entre os brancos com um
baixo grau de escolaridade (ensino médio ou inferior).
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