domingo, 24 de dezembro de 2017

ESPERANÇA DE VIDA NOS ESTADOS UNIDOS CAI PELO 2.º ANO CONSECUTIVO - O ABUSO DAS DROGAS CONTRA A DOR

De acordo com os dados publicados na passada quinta-feira, 21 de dezembro pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) “Mortality in the United States, 2016” (aqui), a esperança de vida nos EUA diminuiu pelo segundo ano consecutivo em mais de 20 anos. Os dados agora publicados referentes a 2016 mostram uma diminuição de 1 décima na esperança de vida entre 2016 e 2015, isto é, uma diminuição da esperança de vida à nascença de 78.7 em 2015 para 78.6 em 2016.
Este decréscimo resulta do aumento da mortalidade por causas externas “unintentional injuries” de 9.7%, da mortalidade por doença de Alzheimer de 3.1% e da mortalidade por suicídio de 1.5%.

Os dados agora apresentados revelam um crescimento da mortalidade por abuso de drogas de 21% entre 2016 e 2015 (63.600 mortes em 2016 contra 52.000 em 2015), envolvendo sobretudo drogas sintéticas como o fentanilo e o tramadol, de 2015 para 2016, as mortes por overdose aumentaram nos grupos etários dos 45–54, dos 55–64, e dos 65 e mais respetivamente em 15%, 17%, e 7% respetivamente.(aqui)

The pattern of drugs involved in drug overdose deaths has changed in recent years. The rate of drug overdose deaths involving synthetic opioids other than methadone (drugs such as fentanyl, fentanyl analogs, and tramadol) doubled in a single year from 3.1 per 100,000 in 2015 to 6.2 in 2016. Rates of drug overdose deaths involving heroin increased from 4.1 in 2015 to 4.9 in 2016. Rates of drug overdose deaths involving natural and semisynthetic opioids increased from 3.9 in 2015 to 4.4 in 2016.
Apesar da prudência com que estes resultados têm se ser encarados por se referirem aos anos de 2015 e 2016, os dados preliminares referentes a 2017 preveem um agravamento das mortes por overdose por opióides sintéticos como o fentanilo, seus similares e tramadol (aqui), confirmam os resultados do estudo publicado em 2015, por Anne Case1 e Angus Deaton “ Rising morbidity and mortality in midlife among white non-Hispanic Americans in the 21st century” (aqui), que mostrava que a taxa de mortalidade dos brancos de meia-idade tinha aumentado desde 1998 nos problemas de saúde relacionados com o consumo de drogas e álcool, com o suicídio, com a doença hepática crónica e a cirrose, especialmente entre os brancos com um baixo grau de escolaridade (ensino médio ou inferior).

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