Na semana
em que a OCDE publicou a 4.ª edição do “How's Life? 2017” (em português «Como vai a Vida?2017») documento que faz parte do “OECD Better Life Initiative” e que
avalia o “Bem-estar” em 41 países o INE publicou os resultados do Inquérito às
Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2017 sobre rendimentos do ano de
2016 (aqui), que revela uma diminuição do risco de pobreza em 2016 e uma diminuição do
coeficiente de Gini, coeficiente que reflete as diferenças de rendimentos, para
valores abaixo do início da crise financeira mundial que entrou no país em
2009.
O inquérito
mostrou ainda que há menos pessoas em privação material (18,0%, que
compara com 19,5% em 2016) e em privação material severa (6,9%, que compara com
8,4% em 2016). Resultado que no entender de Carlos Farinha Rodrigues,
coordenador científico do Observatório das Desigualdades do CIES-IUL, resulta
da descida da taxa de desemprego, que recuou para os valores pré-crise, e da reposição
dos rendimentos das famílias.(aqui)
Apesar
destas melhorias Portugal continua a ser um dos países da OCDE com elevados níveis
de desigualdade vertical na satisfação coma vida e com os salários, “For
example, the top 10% of earners make on average almost 4 times more than the
bottom 10%”.
De acordo
com “How's Life? 2017” o rendimento doméstico disponível em 2016 encontrava-se
ao nível de 2005, e depois de ter melhorado ligeiramente entre 2006 e 2010,
caiu fortemente em 2011-12.
Também no
que se refere ao risco de pobreza e de exclusão social o Inquérito às Condições
de Vida e Rendimento, realizado em 2017 mostrou uma redução na população em situação
de “pobreza e exclusão”, 23,3% da população em 2017, contra 25,1% em 2016 e
27,5% em 2014.
Apesar
desta melhoria, 2,4 milhões de portugueses continuavam em risco de pobreza e
exclusão social em 2016, subsistindo os baixos salários e a precariedade
laboral mantendo-se em 11% a taxa de trabalhadores pobres.
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