segunda-feira, 7 de novembro de 2016

SAÚDE - CLINTON VERSUS TRUMP - A AMÉRICA DECIDE

Na próxima 3.ª feira, dia 8 de Novembro, os norte-americanos vão escolher o seu 45.º Presidente. No que respeita à Saúde, os americanos irão decidir se a política progressista do Presidente Obama, que levou a que mais de 20 milhões de americanos passassem a usufruir de seguro de saúde através do, Affordable Care Act – Obama Care (aqui), a uma aposta na investigação biomédica (aqui) e à contenção nas emissões de carbono (aqui) irá ou não continuar.

Na 3.ª feira estarão em confronto duas visões diferentes para o futuro da saúde da América, defendidas poe cada um dos dois candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, e saberemos então se o legado de Obama será continuado e aprofundado, enfrentando as enormes desigualdades em saúde com que o país se debate e com os 30 milhões de americanos sem cobertura de saúde.

No caso do Affordable Care Act, enquanto Clinton a manteria, Trump iria revoga-la, o que faria com que, de acordo com o estudo Commonwealth Fund and the RAND Corporation (aqui), 20 milhões de pessoas perdessem o seu seguro de saúde em 2018, levando ainda a um aumento das despesas individuais com os prémios de seguro e as despesas “out-of-pocket” “increase average premium and out-of-pocket costs for people who buy insurance on their own”. No caso de Clinton, as propostas que aponta iriam aumentar o número de pessoas cobertas e reduzir as despesas em saúde para os americanos com rendimentos mais baixos.



Mas não é só nas questões da cobertura universal que os candidatos divergem, como no caso do aborto, das alterações climáticas ou da saúde internacional.

No caso do Aborto como no caso do Acordo sobre o Clima - COP21 – Paris, enquanto Clinton propõe comprometer a administração americana na defesa do Acordo, incluindo a redução das emissões de gases com efeito de estufa dos Estados Unidos em 30% até em 2025 e proteger o aborto legal e seguro e o acesso à contraceção de forma acessível, Trump, propõe reverter a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de 1973 que reconhece às mulheres o direito à interrupção voluntária da gravidez (caso Roe contra Wade), nomeando juízes desfavoráveis a IVG (apesar das várias posições contraditórias que tem tomado ao longo dos anos) e abandonar o Acordo de Paris.

Na 3.ª feira a América decide, os americanos escolherão qual será o seu caminho para uma sociedade mais justa e equitativa.

Ainda
Clinton and Trump on healthcare - BMJ Blog (aqui)
e alternativas
Single-payer - Medicare for All (aqui)

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