Num
estudo publicado, recentemente (30-08), na revista British Medical Journal, " Education and coronary heart disease: mendelian randomisation study" um grupo de investigadores da Universidade de Lausanne, da
Universidade de Oxford e da Universidade College London liderado por
Taavi Tillamn, do departamento de epidemiologia e saúde pública do
University
College de Londres, procuraram perceber se existe suporte genético
para sustentar que a educação é um fator de risco causal para o
desenvolvimento de doença cardiovascular, e em caso afirmativo, se a
educação causa mudanças nos fatores de risco cardiovascular que
podiam ser seus mediadores.
No
estudo os autores procederam a um estudo de randomização
mendeliana, usando dados genéticos como proxy para a educação,
partindo de dados genéticos de dois grandes agrupamentos de
estudos(CARDIoGRAMplusC4D
e SSGAC) que incluiram 112 estudos de países de renda alta,
abrangendo 540.000 pessoas da Europa e dos Estados Unidos.
Os
autores concluiram que o estudo de randomização mendeliana
encontrou suporte genético para suportar a hipótese de que o
prolongamento dos anos de estudo está associado a um menor risco de
doença coronária, revelando que o alargamento de 3.6 anos do
processo educativo levará a uma redução de 27% no risco de de
padecer de doença coronária.
Apesar
de os determinantes genéticos que incidem sobre a predisposição
para completar mais anos de educação, só explicarem 3% do
rendimento escolar o estudo demonstra que aumento do número de anos
escolaridade reduz o risco de vir a desenvolver uma doença
coronária, confirmando o papel da educação como determinante
social da saúde.
Ver
ainda:
Epigenética
e Saúde Pública (aqui)
O
local onde nascemos pode mudar o nosso código genético? (aqui)
“Residential
environments” e os fatores de risco cardiovascular. (aqui)
Social
determinants of health: the solid facts. (aqui)
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