38 Anos passados sobre a fundação do Serviço Nacional
de Saúde no dia 15 de Setembro de 1979, a edição online da revista Lancet de hoje
publicava o estudo “Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study 2016 (GBD 2016)” abrangendo o período de 1990 a 2016, onde Portugal se destaca como
um dos países exemplo, uma vez que apresenta uma esperança de vida à nascença
mais elevada do que a que seria esperada atendendo ao seu nível de desenvolvimento sociodemográfico, confirmando os enormes progressos verificados nos últimos 40
anos, resultantes das profundas mudanças verificadas após a Revolução de Abril
de 1974, alicerçadas nas melhorias do saneamento básico, na universalização dos
cuidados de saúde e na criação do Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com o estudo agora publicado verificou-se em
2016 pela primeira vez, que o número estimado de óbitos em crianças com menos
de 5 anos caiu se cifrou abaixo de 5 milhões, registando-se apenas 230 mil
mortes maternas. No que se refere às mortes por doenças transmissíveis verificou-se
uma diminuição da mortalidade (com exceção do dengue), estimando-se 1.03 milões
de mortes por VIH/SIDA, 1.2 milhões de mortes por Tuberculose e 719.600 por malária.
72,3% (39,5 milhões) de todas as mortes em 2016 eram
provocadas por doenças não transmissíveis, tendo a mortalidade por doença isquémica
cardíaca aumentado 19% e a mortalidade por diabetes cerca de 31,1% desde 2006. Verificou-se
ainda um aumento significativo na mortalidade decorrente de conflitos bélicos e
de terrorismo. As mortes causadas por armas de fogo foram causa mais importante
de violência interpessoal.
Entre os principais fatores de carga de doença, encontram-se
as infeções respiratórias inferiores, a diarreia, o parto prematuro, o VIH/SIDA
e a malária, e entre os principais fatores de risco para a saúde, os níveis de
obesidade, tabagismo e a má alimentação .
Apesar dos progressos realizados uma tríada de
problemas; a obesidade, os conflitos bélicos como os que se tem vivido na
Síria, no Iémen, no Sudão do Sul ou na Líbia, e a doença mental têm impedido
melhores resultados, contribuindo para uma perda de vida saudável.
Finalmente e de acordo com o estudo agora publicado as
principais problemas de saúde que no de 2016 fizeram as pessoas sentirem-se
doentes foram: a dor lombar baixa, as dores de cabeça/enxaqueca, a anemia por
deficiência de ferro e a depressão.
15
Setembro de 1979 – Uma maioria parlamentar
constituída pelos deputados do Partido Socialista (PS), do Partido Comunista
(PCP), da União Democrática e Popular (UDP) e pelo deputado independente Brás
Pinto aprovavam a Lei de Bases do Serviço Nacional de Saúde concretizando o artigo 64.º da Constituição da República
Portuguesa, contando com a oposição dos partidos de direita e do centro direita
e do Bastonário da Ordem dos Médicos (Gentil Martins) hoje considerado como a “joia da coroa da democracia portuguesa”.
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