Num estudo recentemente
publicado na revista Nature, “Large-scale physical activity data reveal worldwide activity inequality”, um grupo de investigadores da Universidade de Stanford dedicados ao estudo da "Activity Inequality" , liderados por Jure Leskovec e Scott Delp, procurou perceber os
princípios que governam a atividade física e a sua variabilidade na população.
Aproveitando
a vasta utilização de aplicações instaladas em smartphones que rastreiam a
atividade física dos seus utilizadores, os investigadores analisaram 68 milhões
de dias de atividade física referentes a smartphones de 717.527 de pessoas em
111 países em todo o mundo, definindo um novo risco de saúde pública que denominaram
de desigualdade de atividade.
O estudo para
além de confirmar que a desigualdade na atividade física é um bom preditor da
prevalência da obesidade, uma vez que nos países onde essa desigualdade é maior
são também os países onde a obesidade é mais prevalente, revelou ainda que o
género desempenhava um papel influente nas desigualdades na atividade física,
mostrando que para além da informação já anteriormente recolhida em estudos
prévios de que os homens caminham mais do que as mulheres, existe também uma
variação de país para país no que se refere às desigualdades na atividade
física com consequências negativas para as mulheres.
De acordo
com os resultados publicados registaram-se diferenças significativas entre os
passos medidos entre homens e mulheres por países, variando entre uma diferença
de 4% na Suécia e 38% no Catar. (aqui)
/data/countries_with_gender_gap |
Estas
diferenças que habitualmente são justificadas pelos diferentes papéis na
cultura de género entre homens e mulheres e por questões ambientais, devem
também ser explicadas pelo assédio e pelo medo das mulheres andarem sozinhas pelas
ruas em muitos países e cidades. (aqui)
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