domingo, 22 de dezembro de 2019

2019 - NATAL DOS SIMPLES E DOS ANDARILHOS DESTE MUNDO


Jorge de Sena  - Natal de 1971




"Operários do Natal" - Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho álbum LP 1978 Textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa. Músicas e vozes de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho. Narrativa: Maria Helena D'Eça Leal. Arranjos de orquestra: Joaquim Luís Gomes e José Luís Simões.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

12.12.2019 KEEP THE PROMISE - DIA INTERNACIONAL DA COBERTURA DE SAÚDE UNIVERSAL

Comemora-se hoje dia 12.12.2019 o Universal Health Coverage Day, 2019, assinalando o dia 12 de Dezembro de 2012, data em que as Nações Unidas aprovaram por unanimidade uma resolução pedindo que todos os países forneçam cuidados de saúde acessíveis e de qualidade a todas as pessoas e em todos os lugares.

Em 2019 o Dia da Cobertura Universal de Saúde tem como lema “MANTENHA A PROMESSA” remetendo para os compromissos aprovados no seguimento da reunião de alto nível sobre a cobertura de saúde universal pela Assembleia Mundial das Nações Unidas de 10 de outubro de 2019 aprovou no decurso da reunião de alto nível sobre a cobertura de saúde universal uma Declaração política onde os participantes assumiram que a cobertura universal de saúde é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados com a saúde e o bem-estar.(aqui)

" Recognize that universal health coverage is fundamental for achieving the Sustainable Development Goals related not only to health and well-being, but also to eradicating poverty in all its forms and dimensions, ensuring quality education, achieving gender equality and women’s empowerment, providing decent work and economic growth, reducing inequalities, ensuring just, peaceful and inclusive societies and to building and fostering partnerships, while reaching the goals and targets included throughout the 2030 Agenda for Sustainable Development is critical for the attainment of healthy lives and well-being for all, with a focus on health outcomes throughout the life course;"



domingo, 8 de dezembro de 2019

AS DESIGUALDADES SOCIOECONÓMICAS E DE GÉNERO CONDICIONAM O FINAL DA VIDA, OS RICOS MORREM EM CASA OS POBRES NO HOSPITAL

De acordo com os dados recolhidos pelo Observatório da Morte, entidade criada em 2017 pelo Parlamento da Catalunha (aqui) no âmbito do Observatório do Sistema de Saúde da Catalunha as desigualdades sociais persistem até ao último momento de vida. As inequidades socioeconómicas e as desigualdades de género condicionam não só quando se morre, mas também como e onde falece uma pessoa.

Criado em 2017 por decisão do Parlamento da Catalunha o Observatório da Morte tem como objetivo analisar as circunstâncias em que ocorrem os óbitos da população da Catalunha de forma a fazer propostas que visem melhorar os cuidados às pessoas em fim de vida e a garantir uma morte digna (aqui). 

Assim e de acordo com os dados apresentados publicamente pela direção do Observatório do Sistema de Saúde para além das conhecidas desigualdades de género na esperança média de vida, uma vez que as mulheres tem uma maior esperança de vida à nascença e no número de anos vividos com saúde, uma vez que os homens vivem menos anos, mas esse anos são vividos com mais saúde. (aqui)

Regista-se também uma diferença entre géneros no que se refere ao local da morte, falecendo mais os homens em casa e as mulheres em unidades residenciais para idosos, vulgo Lares, uma vez que as mulheres ao viverem mais anos acabam por terem menos cuidadores e sofrerem mais de demências, situação que implica maior dependência no fim da vida. (aqui)

Também no que se refere às desigualdades sociais verificaram-se diferenças significativas entre os grupos mais favorecidos e menos favorecidos, uma vez que as pessoas mais pobres morrem sobretudo nos Hospitais e as pessoas mais ricas morrem nas suas casas, diferenças que os autores não foram capazes de atribuir a uma causa específica. Colocando como possibilidades a estudar: a capacidade das pessoas mais favorecidas poderem pagar mais cuidados no domicílio ou a sua capacidade para reivindicar mais cuidados domiciliários aos serviços públicos de saúde.(aqui)

Com o objetivo de reduzir as mortes nos Hospitais e também a ajudar a reduzir as desigualdades em saúde verificadas, o Observatório defende a melhoria dos cuidados paliativos quer na sua extensão quer na diminuição da imprevisibilidade dos eventos no final da vida, melhorando o planeamento dos cuidados de modo a que nos últimos dias de vida só ocorram aos serviços de urgência dos Hospitais as situações imprevisíveis, podendo as outras situações serem encaminhas para unidades de internamento em cuidados paliativos se de todo não for possível manter as pessoas nas suas casas ou se as próprias ou as suas famílias ou cuidadores não o desejarem.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

PORTUGAL BEM NA MORTALIDADE EVITÁVEL E NA VACINAÇÃO, MAL NAS DESPESAS NÃO REEMBOLSADAS E NO INVESTIMENTO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE - RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA COMISSÃO EUROPEIA


A Comissão Europeia publicou no passado dia 28 de novembro um Relatório de Acompanhamento “State of Health in the EU” de 2019 (aqui) sobre a situação da saúde na União Europeia (UE), onde apresenta cinco conclusões para toda a UE resultantes da análise subjacente a todos os perfis de saúde, bem como as principiais conclusões para cada país.

O Relatório de Acompanhamento abrange as áreas da eficácia, da acessibilidade e da resiliência, sendo acompanhado pela publicação dos Perfis de Saúde de cada um dos países, trabalho realizado pela OCDE e pelo Observatório Europeu Sobre Sistemas e Políticas de Saúde (aqui).

Na dimensão da eficácia, o documento aborda as reticências à vacinação e a transformação digital, na dimensão da acessibilidade o relatório procura obter uma imagem dos obstáculos que os cidadãos da UE enfrentam para aceder a cuidados de saúde, tendo em conta os seus perfis de saúde e as características socioeconómicas, finalmente na dimensão da resiliência o relatório aborda os temas da transferências de tarefas na prestação de cuidados de saúde e examina as possíveis implicações do ciclo de vida dos produtos farmacêuticos na existência de medicamentos seguros, eficazes e a preços acessíveis.

Portugal destaca-se pela positiva na mortalidade evitável e na vacinação. No caso da vacinação Portugal está entre os 5 países da UE (Portugal, Hungria, Eslováquia, Suécia e Malta) que reportaram uma taxa de cobertura de 95% para 2 doses da vacinação do sarampo, papeira e rubéola, sendo um dos 3 países da UE (Portugal, Dinamarca e Espanha) onde os cidadãos mostram mais confiança na segurança das vacinas e também um dos 3 países, a par da Suécia e da Finlândia, onde a esmagadora maioria dos cidadãos concorda com a afirmação de que a vacinação de outras pessoas na sociedade é importante para proteger aqueles que não se podem vacinar, Portugal (96%), Suécia (95%) e Finlândia (95%).


Apresentando como aspetos negativos o reduzido investimento na promoção da saúde, situando-se abaixo dos 3% nas despesas em saúde no 25.º lugar entre os 30 países considerados europeus considerados nos estudos, e a elevada % pagamentos diretos efetuados pelos cidadãos cerca de 27,5 % das despesas totais de saúde, o que ultrapassa substancialmente a média da UE que é de 15.8% prejudicando em particular as famílias mais desfavorecidas.