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domingo, 22 de dezembro de 2019

2019 - NATAL DOS SIMPLES E DOS ANDARILHOS DESTE MUNDO


Jorge de Sena  - Natal de 1971




"Operários do Natal" - Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho álbum LP 1978 Textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa. Músicas e vozes de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho. Narrativa: Maria Helena D'Eça Leal. Arranjos de orquestra: Joaquim Luís Gomes e José Luís Simões.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O INVERNO É A ÚLTIMA AMEÇA PARA AS CRIANÇAS DE ALEPPO

O Inverno é a última ameaça para as crianças
no Médio Oriente, que já vivem em condições limite



A UNICEF debate-se com um défice de financiamento de 38 milhões de dólares para fornecer artigos de Inverno e apoio em dinheiro, o que pode deixar mais de um milhão de crianças sem proteção contra o frio.
As tempestades, o frio intenso e a neve só podem piorar as condições de vida das famílias afetadas pelo conflito na Síria e no Iraque, que já estão no limite. Muitas estão deslocadas devido à violência e vivem agora em campos ou abrigos improvisados com muito pouca proteção.
As famílias estão exaustas de anos de conflito, deslocações e desemprego, que esgotaram os seus recursos financeiros, pelo que a compra de roupa quente e combustível para aquecimento é totalmente impossível.
© UNICEF Syrian Arab Republic/2016/Al-Issa

Neste Inverno, a UNICEF quer chegar a 2.5 milhões de crianças no interior da Síria, e também nos países vizinhos: Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egipto, com roupas quentes, cobertores térmicos e apoio financeiro, pois muitas delas fugiram da guerra com a roupa que tinham no corpo.
A resposta de Inverno para além de fazer chegar às crianças vulneráveis e suas famílias agasalhos, uniformes escolares, aquecimento escolar e apoio em dinheiro permite também apoiar os programas de saúde, nutrição, água e saneamento, protecção e educação que estão a ser levados a cabo pela UNICEF na região.
A distribuição de kits de Inverno – incluindo roupas, cachecóis, luvas, sapatos e cobertores, bem como pacotes de assistência em dinheiro estão já em curso:
  • Na Síria, foram distribuídos kits de Inverno a perto 50.000 crianças, incluindo em abrigos que acolhem crianças de Alepo Oriental.
  • No Líbano o aquecimento escolar abrange já 95.000 crianças.
  • Mais de 50.000 crianças na Jordânia receberam apoio financeiro para o Inverno.
  • No Iraque, 38.000 crianças e 400 mulheres grávidas ou mães que estão a amamentar receberam roupas de Inverno.


Mas este apoio não chega para as necessidades. A UNICEF recebeu apenas pouco mais de metade do financiamento que precisa (82 milhões de dólares) para ajudar a proteger contra o frio intenso as crianças na região – incluindo em zonas sob cerco e de difícil acesso. Sem financiamento adicional, a UNICEF não poderá fornecer mais agasalhos e prestar serviços vitais, o que significa que mais de um milhão de crianças ficarão desprotegidas.

(Aqui)

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

PARA TODAS AS CRIANÇAS, UMA OPORTUNIDADE - FOR EVERY CHILD A FAIR CHANCE - NATAL 2015

NATAL 2015


Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
ou dos que olhando ao longe
sonham de humana vida
um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
e torturados são
na crença de que os homens
devem estender-se a mão?

     
  in Natal de 1971
  
Jorge de Sena



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A SAÚDE EM TEMPOS DE CRISE, XENOFOBIA E RACISMO

Nos últimos anos por toda a Europa gerou-se um clima de confronto contra os emigrantes e os estrangeiros, que tem vindo a amentar nos últimos meses por causa da crise dos refugiados da Guerra da Síria.
Este ambiente de crispação começou a crescer com o aumento do desemprego e da pobreza em muitos países da Europa em resultado das medidas de austeridade em resposta à crise das dívidas públicas, alimentando-se nos momentos seguintes do crescente fluxo de pessoas verificado no último ano, composto por refugiados da guerra da Síria e emigrantes vindos da África subsariana, do Iraque ou do Afeganistão e dos atos criminosos e terroristas cometidos em Paris em nome do Daech.

ROTAS DE MIGRAÇÃO
Por toda a Europa surgiram declarações xenófobas e racistas, por toda a Europa surgiram posições nacionalistas, por toda a Europa as forças de extrema-direita procuraram estigmatizar os emigrantes.
Neste contexto, se nada for feito para combater a xenofobia e o racismo, agravar-se-ão as condições de saúde destas comunidades (aqui), anteriormente já atingidas por restrições no acesso aos cuidados de saúde anteriormente relatadas pela organização governamental “Médicos do Mundo” no seu relatório de 2013 “Access to healthcare in Europe in a time of crisis and rising xenofobia”, seja pelo colapso dos serviços de saúde, como na Grécia, seja pela restrição na utilização dos serviços por se encontrarem em situação ilegal.
A SELVA DE CALAIS


Estes milhares de pessoas, refugiadas e emigrantes, perderam todas as suas referências, os seus pais, as suas famílias, os seus vizinhos, as suas casas, as suas escolas, as suas cidades, as suas credenciais (académicas e profissionais), os seus locais de culto, os seus recursos e as suas soluções. Enfrentam as barreiras linguísticas e as tensões culturais e religiosas. Merecem a nossa solidariedade e o nosso acolhimento. 

Propomo-vos a visita à exposição promovida pelos "Médecins du Monde"

"Ils sont comme vous et nous. Venus de partout. De là-bas, d’ici.Ils ont tous les âges, tous les genres, toutes les conditions, toutes les cultures.Ils partagent une même conviction. Le monde est plus beau, la vie est plus belle, plus riche, plus intéressante, plus humaine, quand les portes sont ouvertes ou s’ouvrent à l’autre.Cette exposition, organisée par Médecins du Monde en appui aux programmes d’aide et de soutien que l’association mène partout au service des plus vulnérables, leur donne la parole.C’est une parole de solidarité, un antidote contre la peur et la haine."
        Ouvrons nos portes ! (AQUI)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

REFUGIADOS - CRISE HUMANITÁRIA E SAÚDE PÚBLICA

Ao longo dos últimos meses a maioria dos cidadãos europeus foi confrontada com a chegada à Europa de um crescente fluxo de pessoas. A Agência da ONU para os Refugiados, ACNUR estima que mais de 410.000 refugiados e emigrantes chegaram à Europa por mar em 2015, destes perderam a vida cerca de 2.900 a atravessar o Mediterrâneo. Cerca de 120.000 chegaram a Itália e mais de 280.000 à Grécia, só no mês de Setembro chegaram mais de 50.000.
Apesar de muitas vezes refugiados e emigrantes se confundirem e de apresentarem os mesmos problemas, são comunidades diferentes uma vez que os “ refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições” protegidas pelo direito internacional (Convenção da ONU de 1951, Declaração de Cartagena de 1941) a quem devem ser dadas condições de asilo, não devendo ser expulsos ou devolvidos a situações em que a sua vida e liberdade esteja em perigo, obrigando os Estados à responsabilidade de os proteger dando-lhes acesso a procedimentos de asilo justos e a medidas que garantam que os seus direitos humanos básicos são respeitados, permitindo-lhes viver em condições dignas e seguras que os ajudem a encontrar uma solução a longo prazo.
ACNUR


Se ambos necessitam da atenção adequada das instâncias nacionais e internacionais, como aponta a OMS Europa é importante no imediato não “confundir os termos “refugiado” e “migrante” “ uma vez que tal como o ACNUR afirma “ pode gerar sérias consequências na vida e na segurança dos refugiados. Misturá-los desvia a atenção das salvaguardas legais específicas que os refugiados requerem e pode prejudicar o apoio público aos refugiados e a instituição do refúgio, num um momento em que mais refugiados necessitam desta proteção”.