segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A SAÚDE EM TEMPOS DE CRISE, XENOFOBIA E RACISMO

Nos últimos anos por toda a Europa gerou-se um clima de confronto contra os emigrantes e os estrangeiros, que tem vindo a amentar nos últimos meses por causa da crise dos refugiados da Guerra da Síria.
Este ambiente de crispação começou a crescer com o aumento do desemprego e da pobreza em muitos países da Europa em resultado das medidas de austeridade em resposta à crise das dívidas públicas, alimentando-se nos momentos seguintes do crescente fluxo de pessoas verificado no último ano, composto por refugiados da guerra da Síria e emigrantes vindos da África subsariana, do Iraque ou do Afeganistão e dos atos criminosos e terroristas cometidos em Paris em nome do Daech.

ROTAS DE MIGRAÇÃO
Por toda a Europa surgiram declarações xenófobas e racistas, por toda a Europa surgiram posições nacionalistas, por toda a Europa as forças de extrema-direita procuraram estigmatizar os emigrantes.
Neste contexto, se nada for feito para combater a xenofobia e o racismo, agravar-se-ão as condições de saúde destas comunidades (aqui), anteriormente já atingidas por restrições no acesso aos cuidados de saúde anteriormente relatadas pela organização governamental “Médicos do Mundo” no seu relatório de 2013 “Access to healthcare in Europe in a time of crisis and rising xenofobia”, seja pelo colapso dos serviços de saúde, como na Grécia, seja pela restrição na utilização dos serviços por se encontrarem em situação ilegal.
A SELVA DE CALAIS


Estes milhares de pessoas, refugiadas e emigrantes, perderam todas as suas referências, os seus pais, as suas famílias, os seus vizinhos, as suas casas, as suas escolas, as suas cidades, as suas credenciais (académicas e profissionais), os seus locais de culto, os seus recursos e as suas soluções. Enfrentam as barreiras linguísticas e as tensões culturais e religiosas. Merecem a nossa solidariedade e o nosso acolhimento. 

Propomo-vos a visita à exposição promovida pelos "Médecins du Monde"

"Ils sont comme vous et nous. Venus de partout. De là-bas, d’ici.Ils ont tous les âges, tous les genres, toutes les conditions, toutes les cultures.Ils partagent une même conviction. Le monde est plus beau, la vie est plus belle, plus riche, plus intéressante, plus humaine, quand les portes sont ouvertes ou s’ouvrent à l’autre.Cette exposition, organisée par Médecins du Monde en appui aux programmes d’aide et de soutien que l’association mène partout au service des plus vulnérables, leur donne la parole.C’est une parole de solidarité, un antidote contre la peur et la haine."
        Ouvrons nos portes ! (AQUI)

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