EM 2014 1 EM CADA 4 PORTUGUESES
VIVEM ABAIXO DO LIMIAR DE POBREZA
O INE divulgou, em 18 de
Dezembro, os resultados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e
Rendimento, realizado em 2015(aqui)sobre rendimentos do ano de 2014, mostrando que a
proporção de pessoas em risco de pobreza em Portugal aumentou desde 2009, passando
17.9% em 2009 para 24.2 % em 2014 tendo em conta a linha de pobreza ancorada em
2009 “ limiar do rendimento abaixo do qual se considera que uma família se
encontra em risco de pobreza. Este valor foi convencionado pela Comissão
Europeia como sendo o correspondente a 60% da mediana do rendimento por adulto
equivalente de cada país.”
EM 2014 1 EM CADA 10 PORTUGUESES EMPREGADOS
ERA POBRE E 4 EM CADA 10 PORTUGUESES DESEMPREGADOS ERA POBRE
Também no que se refere à
população ativa manteve-se a tendência para o aumento da pobreza entre a
população empregada e desempregada, passando a taxa de risco de pobreza de
10.7% para 11% na população empregada e de 40.5% para 42% em 2014.
EM 2014 17 EM CADA 100 PORTUGESES
COM MAIS DE 65 ANOS ERA POBRE
Em 2014, a taxa de risco de
pobreza para a população idosa (65 + anos) foi de 17,1%, superior em 2 pontos
percentuais ao valor registado em 2013 (15,1%). Assim, 2014 é o segundo ano
consecutivo em que se registou um aumento do risco de pobreza para a população
idosa, contrariando os valores registados desde 2003.
Estes resultados deverão alertar as autoridades nacionais para a necessidade de desenvolverem políticas públicas de combate à pobreza e em particular as autoridades de saúde, pela sua obrigação em chamar à atenção para o mais que provável agravamento das condições de saúde dos portugueses nos próximos anos, atendendo à relação conhecida, desde há muito, entre pobreza e saúde. Uma vez que os pobres têm pior saúde de que os ricos, mas também porque a saúde segue um gradiente social, isto é, que aqueles que estão abaixo de um nível social mais elevado têm pior saúde do que aqueles que lhe estão acima, o que significa que com o aumento da pobreza e da pobreza entre os trabalhadores a saúde dos portugueses deteriorar-se-á.
Estes resultados deverão alertar as autoridades nacionais para a necessidade de desenvolverem políticas públicas de combate à pobreza e em particular as autoridades de saúde, pela sua obrigação em chamar à atenção para o mais que provável agravamento das condições de saúde dos portugueses nos próximos anos, atendendo à relação conhecida, desde há muito, entre pobreza e saúde. Uma vez que os pobres têm pior saúde de que os ricos, mas também porque a saúde segue um gradiente social, isto é, que aqueles que estão abaixo de um nível social mais elevado têm pior saúde do que aqueles que lhe estão acima, o que significa que com o aumento da pobreza e da pobreza entre os trabalhadores a saúde dos portugueses deteriorar-se-á.
Mas não será só a saúde dos
portugueses que piorará, também a sociedade no seu conjunto sofrerá uma vez que
as desigualdades sociais provocam danos à coesão social.
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