Mostrar mensagens com a etiqueta EDUCAÇÃO. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta EDUCAÇÃO. Mostrar todas as mensagens

sábado, 2 de setembro de 2017

MAIS EDUCAÇÃO, MENOS ENFARTES

Num estudo publicado, recentemente (30-08), na revista British Medical Journal, " Education and coronary heart disease: mendelian randomisation studyum grupo de investigadores da Universidade de Lausanne, da Universidade de Oxford e da Universidade College London liderado por Taavi Tillamn, do departamento de epidemiologia e saúde pública do University College de Londres, procuraram perceber se existe suporte genético para sustentar que a educação é um fator de risco causal para o desenvolvimento de doença cardiovascular, e em caso afirmativo, se a educação causa mudanças nos fatores de risco cardiovascular que podiam ser seus mediadores.

No estudo os autores procederam a um estudo de randomização mendeliana, usando dados genéticos como proxy para a educação, partindo de dados genéticos de dois grandes agrupamentos de estudos(CARDIoGRAMplusC4D e SSGAC) que incluiram 112 estudos de países de renda alta, abrangendo 540.000 pessoas da Europa e dos Estados Unidos.

Os autores concluiram que o estudo de randomização mendeliana encontrou suporte genético para suportar a hipótese de que o prolongamento dos anos de estudo está associado a um menor risco de doença coronária, revelando que o alargamento de 3.6 anos do processo educativo levará a uma redução de 27% no risco de de padecer de doença coronária.

Apesar de os determinantes genéticos que incidem sobre a predisposição para completar mais anos de educação, só explicarem 3% do rendimento escolar o estudo demonstra que aumento do número de anos escolaridade reduz o risco de vir a desenvolver uma doença coronária, confirmando o papel da educação como determinante social da saúde.

Ver ainda:
Epigenética e Saúde Pública (aqui)
O local onde nascemos pode mudar o nosso código genético? (aqui)
Residential environments” e os fatores de risco cardiovascular. (aqui)

Social determinants of health: the solid facts. (aqui)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

OCDE - SOCIETY AT A GLANCE - 2016 " PORTUGAL REGISTOU A 2.º MAIOR DESCIDA NOS GASTOS COM SAÚDE ENTRE 2009- 2013

5 Outubro 2016 - A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) publica hoje a oitava edição do ”Society at a Glance – 2016”. Este relatório dá uma visão geral dos 25 indicadores sociais recolhidos pela OCDE, incluindo os dados dos 35 países membros da OCDE, e, quando disponíveis dados para o Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e África do Sul, e outros dos países do G20.
Este ano o relatório apresenta um capítulo especial sobre os NEEF, jovens que não estavam a estudar nem a frequentar ações de formação, também conhecidos por NEM-NEM (nem estudam, nem trabalham, cerca de 40 milhões em 2015. Destes, mais de dois terços não estavam ativamente a procurar trabalho. A OCDE estima que o rendimento bruto total que poderia ter sido criado pelos NEEF em 2014 se teria cifrado entre USD 360605 mil milhões de dólares americanos, ou 0,91,5% do PIB à escala da OCDE.


No que se refere a Portugal, o ”Society at a Glance – 2016” sublinha o fato de Portugal ter registado a 2. º maior descida nos gastos com a saúde entre 2009 – 2013 e a 3.ª maior descida nos gastos com a educação desde 2010, perante “High pressure on public budgets has led to fiscal consolidation efforts over the last years” durante o período de intervenção da Troika.(aqui)