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domingo, 2 de dezembro de 2018

ESPERANÇA DE VIDA NOS ESTADOS UNIDOS CAIU PELO 3.º ANO CONSECUTIVO - SOBRETUDO ENTRE A POPULAÇÃO BRANCA


De acordo com os dados publicados no passado dia 29 de novembro pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) “Mortality in the United States, 2017” (aqui), a esperança de vida nos Estados Unidos (EUA) caiu pelo terceiro ano consecutivo, situando-se em 78.6 anos, a muita distãncia do Canadá 82.3 anos, da Costa Rica 79.8 anos ou de Cuba com 79.7 anos (aqui). Os dados agora publicados referentes a 2017 (78.6) mostram uma diminuição de 1 décima em realação a 2016 (78.7) e confirmam a queda na descida da mortalidade nos EUA, verificada de forma contínua desde 2015.

Esta diminuição da esperança de vida ao nascer deveu-se em grande parte ao aumento da mortalidade de 4.2% por causas externas “unintentional injuries”, de 3.7% para a mortalidade por suicídio, de 5.9% para a mortalidade por gripe e pneumonia, de 2.4% para mortalidade por Diabetes e de 2.3% para a mortalidade por doença de Alzheimer.
O aumento das taxas de mortalidade ajustadas por idade para a população branca (homens e mulheres) não hispânica verificado nos últimos 3 anos, confirmam os confirmam os resultados do estudo publicado em 2015, por Anne Case1 e Angus Deaton“ Rising morbidity and mortality in midlife among white non-Hispanic Americans in the 21st century” (aqui), que tinham mostrado que a taxa de mortalidade entre os brancos americanos dos 45 aos 54 anos, com baixa escolaridade, “White Working Class” tinha aumentado entre 1999 e 2014, uma situação sem paralelo nos países de economia avançada e apenas registada nos EUA a quando da epidemia de VIH/SIDA.
Os autores apontavam como principais causas para esta situação, a privação económica e o stress financeiro da classe trabalhadora branca, provocado pela estagnação salarial verificada desde a década de 70, conjuntamente com a dificuldade lidar com a insegurança e a falta de proteção social na reforma.

sábado, 24 de março de 2018

"DEATHS OF DESPAIR" - VIRGÍNIA - AUMENTA A MORTALIDADE ENTRE A CLASSE MÉDIA BRANCA AMERICANA

No dia 21 de Março, o Center on Society and Health at Virginia Commonwealth University e a Graduate School of Public Health at the Universityof Pittsburgh, apresentaram o estudo “WHY ARE DEATH RATES RISING IN VIRGINIA’S WHITE POPULATION? The Role of Stress-Related Conditions” (aqui) realizado com o objetivo de conhecer as causas para o crescimento da mortalidade entre a população branca da Virgínia.

Apesar da população branca apresentar uma mortalidade inferior a outros grupos nos Estados Unidos (negros, nativos americanos e alguns grupos asiáticos) vários estudos publicados nos últimos anos têm demonstrado que a mortalidade têm vindo a crescer entre a população branca de meia-idade. (aqui)(aqui)(aqui)

No estudo agora publicado os autores encontraram um crescimento da taxa de mortalidade entre a população branca dos 25 e os 54 anos. Sendo mais de metade (55%) das mortes devidas a overdoses por drogas, a suicídios e a doenças hepáticas relacionadas com o álcool.
Os autores criaram um indicador composto, a que chamaram “condições relacionadas com o stress” relacionado quatro causas de mortes: overdoses por drogas, intoxicações alcoólicas, suicídios e doenças do fígado relacionadas com álcool.

Na Virgínia este indicador aumentou 83% na população branca dos 25 e os 54 anos entre 1995 e 2014, um excesso de 2.300 mortes, 2/3 das quais causadas por overdoses de drogas. Este valor cresceu sobretudo entre os jovens adultos (25-34 anos), com um aumento de 419% para as overdoses por drogas (1995 a 2014) e de 39% para a taxa de suicídio a partir de 2000.

O crescimento do indicador “condições relacionadas com o stress” entre os brancos com idades compreendidas entre os 25-54 anos ocorreu nas áreas rurais e nos territórios de baixa densidade, nos lugares com menor diversidade, nas comunidades que tinham menos anos de escolaridade, menor rendimento familiar, maiores desigualdades de rendimento, maior pobreza infantil, menor cobertura de saúde e escassez de profissionais de saúde. Três fatores regionais apresentaram um elevado coeficiente de correlação: ruralidade, % de adultos sem licenciatura e escassez de profissionais de saúde mental. Nas localidades com aumentos significativos do indicador “condições relacionadas com o stress”, este incremento estava correlacionado com o crescimento do desemprego.

Os autores concluem que o aumento do indicador “condições relacionadas com o stress” na população branca da Virgínia pode ser uma resposta direta ao stress económico. Apesar de considerarem a complexidade do fenómeno, os investigadores concluem que as gerações mais novas têm sérias dificuldades em enfrentar as dificuldades atuais resultantes da instabilidade económica e social.

“One theory is that this age group is experiencing life conditions that differ starkly from past expectations and may lack the resilience to endure the cumulative stress that comes with prolonged social and economic hardships. During the two decades this report studied (1995–2014), young and middle-class whites—the age group examined here—experienced economic and social instability unlike that of their parents and grandparents. In the post-World War II generation, loyal workers could often count on a job for life, with health insurance, a pension, and other benefits—and earnings were generally stable enough to finance a home, put children through college, and plan for retirement. Middleclass white households were largely protected from the social disadvantage and economic insecurity that are common today, and that people of color have experienced for generations.

Frustration and hopelessness over these conditions would be expected to increase anxiety and depression. Over time, chronic stress, despair, and the pain they produce can induce harmful coping behaviors. Some people turn to food, resulting in over-eating and the consumption of calorie-dense fast foods. Some people cope with stress by smoking, which increases the risk of tobacco-related diseases (e.g., emphysema). Some people are overcome by anxiety or depression; feelings of hopelessness can lead desperate individuals to commit suicide. Some people self-medicate with alcohol or drugs to relieve their psychic pain. And some people act out in violence, causing injury to others. It is a mistake to focus on (or blame) the behaviors that individuals adopt to cope with these stresses and ignore the policies and living conditions in communities that fuel these behaviors.