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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

2,4 MILHÕES DE PORTUGUESES INCAPAZES DE MANTER AS SUAS CASAS AQUECIDAS - SAÚDE E POBREZA ENERGÉTICA

Em 2015, de acordo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo INE, 1 em cada 4 pessoas (24%) vivia em Portugal em agregados familiares sem capacidade para manter a casa aquecida adequadamente. (Aqui

Estes 2,4 milhões de portugueses fazem parte dos 50 a 125 milhões de cidadãos da União Europeia que vivem em pobreza energética. (famílias que têm de consagrar mais de 10% dos seus rendimentos à eletricidade e ao aquecimento, definição da OMS), ficando expostos aos efeitos do frio sobre a saúde. (Aqui)



De acordo com a evidência publicada são os mais pobres e em particular os mais velhos (especialmente os que têm idade superior a 85 anos) que são os mais propensos a terem em simultâneo as casas mais frias e húmidas e a menor capacidades para as manterem aquecidas, gerando condições propícias ao agravamento da sua condição de saúde. (Aqui)

              EFEITOS DA TEMPERATURA SOBRE A SAÚDE 
Temperatura interior
Efeito
21  ̊ C
Temperatura recomendada no interior da habitação
18  ̊ C
Temperatura interior mínima sem risco para a saúde, embora se possa sentir frio.
Abaixo de 16  ̊ C
A resistência às doenças respiratórias pode estar diminuída
9 – 12  ̊ C
Aumento da pressão arterial e do risco cardiovascular
5  ̊ C
Risco elevado de hipotermia




Em Portugal esta situação atinge proporções de grande dimensão uma vez que para além de mais de 2,4 milhões portugueses viverem em pobreza energética, mais de um milhão e duzentos mil idosos vivem sós ou em companhia de outros idosos, cerca 20% dos idosos vivem sozinhos (400 964) e cerca de 40% vivem com outros idosos. Em 2014, 49% dos idosos tinham 75 e mais anos. (Aqui)

domingo, 20 de dezembro de 2015

1 EM CADA 4 PORTUGUESES VIVEM ABAIXO DO LIMIAR DE POBREZA. OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE.

EM 2014 1 EM CADA 4 PORTUGUESES VIVEM ABAIXO DO LIMIAR DE POBREZA

O INE divulgou, em 18 de Dezembro, os resultados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2015(aqui)sobre rendimentos do ano de 2014, mostrando que a proporção de pessoas em risco de pobreza em Portugal aumentou desde 2009, passando 17.9% em 2009 para 24.2 % em 2014 tendo em conta a linha de pobreza ancorada em 2009 “ limiar do rendimento abaixo do qual se considera que uma família se encontra em risco de pobreza. Este valor foi convencionado pela Comissão Europeia como sendo o correspondente a 60% da mediana do rendimento por adulto equivalente de cada país.”


EM 2014 1 EM CADA 10 PORTUGUESES EMPREGADOS ERA POBRE E 4 EM CADA 10 PORTUGUESES DESEMPREGADOS ERA POBRE

Também no que se refere à população ativa manteve-se a tendência para o aumento da pobreza entre a população empregada e desempregada, passando a taxa de risco de pobreza de 10.7% para 11% na população empregada e de 40.5% para 42% em 2014.



EM 2014 17 EM CADA 100 PORTUGESES COM MAIS DE 65 ANOS ERA POBRE

Em 2014, a taxa de risco de pobreza para a população idosa (65 + anos) foi de 17,1%, superior em 2 pontos percentuais ao valor registado em 2013 (15,1%). Assim, 2014 é o segundo ano consecutivo em que se registou um aumento do risco de pobreza para a população idosa, contrariando os valores registados desde 2003.




Estes resultados deverão alertar as autoridades nacionais para a necessidade de desenvolverem políticas públicas de combate à pobreza e em particular as autoridades de saúde, pela sua obrigação em chamar à atenção para o mais que provável agravamento das condições de saúde dos portugueses nos próximos anos, atendendo à relação conhecida, desde há muito, entre pobreza e saúde. Uma vez que os pobres têm pior saúde de que os ricos, mas também porque a saúde segue um gradiente social, isto é, que aqueles que estão abaixo de um nível social mais elevado têm pior saúde do que aqueles que lhe estão acima, o que significa que com o aumento da pobreza e da pobreza entre os trabalhadores a saúde dos portugueses deteriorar-se-á.

Mas não será só a saúde dos portugueses que piorará, também a sociedade no seu conjunto sofrerá uma vez que as desigualdades sociais provocam danos à coesão social.