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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

REDUÇÃO DOS CONSUMOS DE ÁLCOOL, TABACO E DROGAS ENTRE ADOLESCENTES - O EXEMPLO DO MODELO ISLANDÊS

De acordo com o último relatório do estudo internacional patrocinado pela OMS Growing up unequal: gender and socioeconomic differences in young people's health and well-being. Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study:international report from the 2013/2014 survey que fornece informações sobre a saúde, o bem-estar, o ambiente social e comportamento de saúde crianças e jovens de 11, 13, 15 anos de idade de 42 países, decorrendo desde há 30 anos, a Islândia ocupa o primeiro lugar no ranking dos estilos de vida saudável.

A título de exemplo e no que se refere ao consumo de álcool, consumo de tabaco e consumo de cannabis os resultados são os seguintes: a % de jovens dos 15 "who have been drunk on two or more ocasions" caiu de 42% em 1998 para 6% em 2014, no que se refere à pergunta "who smoke at least once a week" a % de jovens caiu de 23% em 1998 para 3%, e no que respeita ao consumo de cannabis a % de jovens que já usaram cannabis "who have ever used cannabis" caiu de 23% em 1998 para 7%.

Também no que se refere ao Bullying, a Islândia também se encontra entre os países onde os jovens de 11 e 15 anos menos referenciam ter sido vítimas de bulliyng " who have been bullied at school at least two or three times a month in the past couple of mounths" 8% aos 11 anos e 2% aos 15 anos.

Estes bons resultados levaram a Mosaic uma revista independente dedicada a difundir as ciências da vida, que tem como critério editorial a reprodução e distribuição livres dos seus artigos desde que referenciada a sua autoria, a publicar um artigo no passado mês de Janeiro, republicado na imprensa internacional, no “The Independent”, na “The Atlantic”, e no jornal "El País" recentemente.

No artigo intitulado " Iceland knows how to stop teen substance abuse but the rest of the world isn’t listening" a Mosaic dá a conhecer na primeira pessoa a história da criação do ICSRA, o Centro Islandês de Análise e Investigação Social criado em 1999, com o objetivo de investigar e analisar os determinantes sociais da saúde, bem-estar e comportamento dos jovens, melhorar a qualidade de vida dos jovens, a sua saúde e bem-estar através de um processo de educação e mudança social, através de 2 projetos principais "Juventude na Islândia" e "Juventude na Europa" e do desenvolvimento do denominado " Modelo de Prevenção Islandês".
Este modelo centra-se numa intervenção comunitária, através de programas centrados na redução de  riscoS atrvés da arte, da música, da dança ou da atividade física, desenvolvidos a partir da escola e da comunidade, ao mesmo tempo que são fortalecidas as relações entre os pais e as escolas, e entre e os filhos. 


segunda-feira, 22 de maio de 2017

2017 - 27% DA OBESIDADE NA EUROPA É ATRIBUIDA A DESIGUALDADES SOCIOECONÓMICAS

No passado dia 17 de maio foi apresentado no Porto, durante o ECO2017, o 24.º Congresso Europeu sobre a Obesidade (aqui), o relatório da Organização Mundial de Saúde da região europeia Adolescent obesity and related behaviours: trends and inequalities in the WHO European Region, 2002-2014”, que compara 27 países e regiões da região europeia da OMS. (aqui)

De acordo com a investigação agora publicada um em cada três adolescentes tem excesso de peso ou obesidade, apresentando as regiões do Sul da Europa e do Mediterrâneo as taxas mais elevadas, e, estando a epidemia a aumentar nos países da Europa Oriental.

A obesidade infantil considerada como um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI integra um das metas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas (aqui), uma vez que as crianças obesas estão em maior risco de diabetes tipo 2, asma, alterações do sono, problemas músculo-esqueléticos e doenças cardiovasculares, para além de dificuldades na integração social.

De acordo com o Diretor do Programa de Nutrição, Atividade Física e Obesidade da OMS para a Europa, João Breda, "a maioria dos jovens não superará a obesidade: cerca de quatro em cada cinco adolescentes que se tornam obesos continuarão a ter problemas de peso como adultos. Como tal, eles carregam o risco da doença, o estigma e a discriminação. Além disso, a natureza crónica da obesidade limita a mobilidade social e ajuda a sustentar um ciclo intergeracional negativo de pobreza e de doença” (aqui)


O documento destaca as persistentes desigualdades socioeconómicas associadas à atividade física e às escolhas alimentares, fazendo com que as crianças e os jovens que vivem em famílias de baixos rendimentos sejam mais propensos a ser obesos.

De acordo com os dados publicados no HBSC de 2014 (aqui) 27% de toda a obesidade é atribuída às diferenças socioeconómicas, tendo aumentado 9% desde 2002 (18%). No atual documento da OMS Europa, no seu capítulo 6 dedicado às diferenças socioeconómicas, o relatório cita vários estudos publicados, na Noruega, na França, Eslováquia e Reino Unido, afirmando que as famílias menos abastadas estão mais vulneráveis à insegurança alimentar, tem menos acesso a alimentos mais nutritivo, vivendo em áreas urbanas degradadas com falta de espaços verdes e desportivos e com maiores concentrações de lojas de conveniência e de “fast-food”.

Research has found that less affluent families are more vulnerable to food insecurity and have relatively poorer access to nutritious foods. Adolescents from lower socioeconomic backgrounds are also more likely to reside and attend schools in deprived neighborhoods that have higher concentrations of fast-food restaurants and convenience stores, fewer sports facilities and less accessible green space. Social stratifications in these material and environmental risk factors for obesity go a long way to explaining why disadvantaged young people have less access to fruit and vegetables and poorer aerobic fitness”.

Terminando por afirmar que os efeitos combinados do ambiente urbano e social explicam porque 20 a 40% de toda a obesidade pode ser atribuída a fatores socioeconómicos.

Adolescent obesity and related behaviours: trends and inequalities in the WHO European Region, 2002-2014” (aqui)

quinta-feira, 17 de março de 2016

RELATÓRIO INTERNACIONAL HBSC - 2016

No passado dia 15 de Março foi apresentado em Bruxelas, o relatório do estudo internacional patrocinado pela OMS “Growing up unequal: gender and socioeconomic differences in young people's health and well-being. Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study: international report from the 2013/2014 survey” (aqui). O relatório fornece informações sobre a saúde, o bem-estar, o ambiente social e comportamento de saúde crianças e jovens de 11, 13- 15 anos de idade de 42 países, dando continuidade a 30 anos de estudo.

Em 2016 o relatório o relatório descreve “ social context (relations with family, peers and school), health outcomes (subjective health, injuries, obesity and mental health), health behaviour (patterns of eating, tooth brushing and physical activity) and risk behaviours (use of tobacco, alcohol and cannabis, sexual behaviour, fighting and bullying)”, incluindo pela primeira vez items como, suporte familiar e o suporte dos pares, migração, cyberbullying e lesões graves.