Em 2015, de acordo o Inquérito às Condições de Vida e
Rendimento, realizado pelo INE, 1 em cada 4 pessoas (24%) vivia em Portugal em
agregados familiares sem capacidade para manter a casa aquecida adequadamente. (Aqui)
Estes 2,4 milhões de portugueses fazem parte dos 50 a 125 milhões de cidadãos
da União Europeia que vivem em pobreza energética. (famílias que têm de
consagrar mais de 10% dos seus rendimentos à eletricidade e ao aquecimento,
definição da OMS), ficando expostos aos efeitos do frio sobre a saúde. (Aqui)
De acordo com a evidência publicada são os mais pobres e em particular os mais velhos (especialmente os que têm idade superior a 85 anos) que são os mais propensos a terem em simultâneo as casas mais frias e húmidas e a menor capacidades para as manterem aquecidas, gerando condições propícias ao agravamento da sua condição de saúde. (Aqui)
EFEITOS DA TEMPERATURA SOBRE A SAÚDE
Temperatura
interior
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Efeito
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21 ̊ C
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Temperatura
recomendada no interior da habitação
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18 ̊ C
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Temperatura
interior mínima sem risco para a saúde, embora se possa sentir frio.
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Abaixo de 16 ̊ C
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A resistência às
doenças respiratórias pode estar diminuída
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9 – 12 ̊ C
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Aumento da pressão
arterial e do risco cardiovascular
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5 ̊ C
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Risco elevado de
hipotermia
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Em Portugal esta situação atinge
proporções de grande dimensão uma vez que para além de mais de 2,4 milhões
portugueses viverem em pobreza energética, mais de um milhão e duzentos mil
idosos vivem sós ou em companhia de outros idosos, cerca 20% dos idosos vivem sozinhos
(400 964) e cerca de 40% vivem com outros idosos. Em 2014, 49% dos idosos tinham 75 e mais anos. (Aqui)
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