terça-feira, 19 de janeiro de 2016

FARMACÊUTICAS - LOBBY - DESIGUALDADES - RIQUEZA: TER TUDO E QUERER MAIS - OXFAM 2016

De acordo com o relatório da OXFAM publicado no dia 18-01-2016, "WEALTH: HAVING IT ALL AND WANTING MORE" (aqui) em 2013 os sectores farmacêutico e de cuidados de saúde gastaram mais de 487 milhões de dólares nas atividades de lobby no Estados Unidos da América do Norte (EUA), cerca de 15% do total dos 3.200 milhões de dólares que foram investidos em atividades de lobby em 2013 nos EUA e pelo menos 50 milhões de dólares na União Europeia.

Tomando como exemplo a crise desencadeada pelo Ébola, a OXFAM salienta que ao mesmo tempo que as empresas do sector farmacêutico e de cuidados de saúde gastavam milhões de dólares em lobby, ganhavam bilhões de dólares na África Ocidental (Guiné, Serra Leoa, Libéria) com a crise provocada pelo Ébola, permitindo que as empresas e os executivos ligados a elas tenham ganho bilhões na África Ocidental quando deflagrou a crise provocada pelo Ébola, colocando em perigo as vidas e os meios de subsistência de milhões de pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

E, mesmo quando as referidas empresas respondem positivamente e doam meios financeiros para combater o Ébola, como foi o caso das empresas, GSK, Johnson and Johnson e Novartis reunidas no IFPMA num valor de cerca de 3 milhões de dólares, esta soma em nada se compara com aquela que as mesmas despenderam em lobby nos EUA em 2013, cerca de 18 milhões de dólares.

De acordo com os dados publicados pela OXFAM e no que se refere à crise do Ébola, o Banco Mundial estimava que em 2014 o custo económico da perda de produção para a Guiné, Libéria e Serra Leoa alcançasse 356 milhões de dólares, prevendo-se mais 815 milhões de perdas em 2015.

Valor ( 1.170 milhões de dólares americanos) que podia ser coberto por 3 vezes pelos ganhos obtidos pelo aumento da riqueza de 1 só milionário com interesses no sector farmacêutico em 2013 e 2014. De acordo com a Forbes, (aqui) Stefano Pessina (Walgreen Boots Alliance) aumentou o seu património 4.000 milhões de dólares, passando de 6.400 para 10.400 milhões de dólares num só ano.

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