De acordo com o Relatório da Comissão “ENDING CHILDHOOD OBESITY” da Organização Mundial de Saúde publicado no dia 26
de Janeiro, a Obesidade Infantil não é só um problema dos países ricos, em 2014
de um número estimado de 41 milhões de crianças menores de 5 anos que tinham
excesso de peso ou sofriam de obesidade, 35 milhões (85%) viviam em países de
renda média e de baixa. Em África o número de crianças com obesidade e excesso
de peso quase duplicou desde 1990 passando d 5,4 milhões para 10,3 milhões. Nos
países mais ricos a obesidade infantil e o excesso de peso afeta sobretudo as
crianças dos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos.
Entre os elementos que explicam o
aumento da obesidade infantil destacam-se os determinantes sociais da saúde,
através da exposição das crianças e adolescentes a ambientes que incentivam o
ganho de peso e a obesidade. A globalização, o aumento dos espaços urbanos,
influenciam a construção de ambientes obesogénicos: a política e fatores
comerciais (acordos comerciais, fiscais e agrícolas), a disponibilidade de alimentos
saudáveis, as infraestruturas e a criação de oportunidades para a atividade
física, as normas sociais e culturais (o peso e a imagem corporal).
A oferta de alimentos pobres em
nutrientes, processados, de elevada densidade energética, de bebidas açucaradas,
reforçados pela política de campanhas promocionais de “size-up” contribuem para
o aumento de ingestão calórica em muitas populações.
Para além destes elementos, vale
a pena recordar que o aumento da obesidade infantil está também relacionada com
fatores biológicos e epigenéticos, uma vez que a humanidade está ancestralmente
preparada para viver em escassez, para poupar, qualidades que são reforçadas
quando a alimentação na infância não é adequada.
Veja (aqui) o REPORT OF THE COMMISSION ON ENDING
CHILDHOOD OBESITY
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