sábado, 25 de fevereiro de 2017

EM 2030 AS MULHERES PORTUGUESAS VIVERÃO MAIS DE 87 ANOS

De acordo com o estudo “Future life expectancy in 35 industrialised countries: projections with a Bayesian model ensemble” publicado na edição online first de 21 de Fevereiro da Revista Lancet (aqui), a esperança de vida à nascença aumentará na maioria dos países industrializados em 2030 e ultrapassará os 90 anos na Coreia do Sul.

O estudo liderado por investigadores do Imperial College de Londres em colaboração com a Organização Mundial de Saúde analisou dados sobre a mortalidade e a longevidade ente 1960 e 2013, com o objetivo de prever as mudanças na esperança de vida à nascença até 2030 em 35 países industrializados, envolvendo quer países altamente industrializados como os Estados Unidos (EUA), o Canadá, o Reino Unido, a Alemanha ou Austrália, como economias emergentes como a Polónia, o México ou a República Checa.

De acordo com os resultados publicados os sul-coreanos terão a maior expetativa de vida à nascença em 2030, apresentando uma esperança de vida à nascença de 90.8 anos para as mulheres e 84.1 anos para os homens. Os investigadores também calcularam quanto tempo uma pessoa de 65 anos pode esperar viver em 2030, revelando também neste indicador a supremacia da Coreia do Sul, onde uma mulher aos 65 anos esperará viver mais 27.5 anos.

No que se refere à Europa, são as mulheres francesas e os homens suíços que apresentam as maiores esperanças de vida à nascença em 2030, respetivamente 88.6 anos e quase 84 anos.
No que se refere a Portugal, a esperança de vida à nascença em 2030 será de 87.52 para as mulheres, o 7.º lugar entre os 35 países industrializados e o 4.º entre os países europeus e de 81.69 para os homens, o 18.º lugar entre os 35 países (22.º lugar em 2010).

O estudo também revelou que é provável que os EUA tenham a menor expectativa de vida ao nascer em 2030 entre os países os 35 países industrializados. A esperança de vida à nascença em 2030 será para os homens norte-americanos de 78.5 anos e de 83.3 anos para as mulheres, semelhante aos encontrados para a República Checa (homens) e para a Croácia e o México (mulheres).



Num comentário à BBC o professor Majid Ezzati investigador chefe do Imperial College e líder do estudo (aqui)afirmou “The fact that we will continue to live longer means we need to think about strengthening the health and social care systems to support an ageing population with multiple health needs. This is the opposite of what is being done in the era of austerity. We also need to think about whether current pension systems will support us, or if we need to consider working into later life.”

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