De acordo com os dados da Organização Mundial
de Saúde (aqui)a obesidade mais do que duplicou em todo o mundo desde 1980, atingindo
cerca de 600 milhões de adultos, vivendo a maioria das pessoas do mundo em
países onde a obesidade mata mais que a fome ou o baixo peso.
O crescimento da obesidade nos últimos 30
anos, primeiro nas sociedades industrializadas e mais tarde nos países de renda
média e baixa, têm sido atribuído ao aumento do consumo de alimentos de alta
densidade energética e de refrigerantes.
A investigação publicada tem ligado o consumo de alimentos ultraprocessados “made from processed substances extracted or refined from whole foods – e.g. oils, hydrogenated oils and fats, flours and starches, variants of sugar, and cheap parts or remnants of animal foods – with little or no whole foods. Products include burgers, frozen pasta, pizza and pasta dishes, nuggets and sticks, crisps, biscuits, confectionery, cereal bars, carbonated and other sugared drinks, and various snack products. Most are made, advertised, and sold by large or transnational corporations and are very durable, palatable, and ready to consume, which is an enormous commercial advantage over fresh and perishable whole or minimally processed foods . . . [They]are typically energy dense; have a high glycaemic load; are low in dietary fibre, micronutrients, and phytochemicals; and are high in unhealthy types of dietary fat, free sugars, and sodium” ao crescimento da obesidade, lançando a discussão entre duas abordagens, uma mais centrada nos comportamentos individuais dos cidadãos (estilos de vida), que sugere que o aumento da obesidade, resulta do somatório de múltiplas escolhas individuais erradas e uma outra mais sistémica, que aceita a múltipla causalidade da obesidade, mas coloca o seu foco na mudança do ambiente alimentar obesogénico e nos determinantes sociais da saúde, que nas palavras simples de Adam Drewnowski “ Minorities and the poor are clearly at a disadvantage when it comes to the adoption of healthier eating habits. Simply put, fats and sweets cost less, whereas many healthier foods cost more. Researchers have shown that low-income neighborhoods attract more fast-food outlets and convenience stores as opposed to full-service supermarkets and grocery stores.By contrast, more affluent areas generally have access to better restaurants,fresher produce, and more opportunities for physical activity. Such studies merely demonstrate that socioeconomic factors, including inequitable access to healthy foods, have a profound effect on weight and health. It is economic deprivation that is obesogenic, and one key predictor of weight gain may be low diet cost.”
O CASO do XAROPE DE MILHO COM ALTO TEOR DE
FRUTOSE - HFCS
De acordo com os dados publicados uma das características
da maior parte das dietas dos países industrializados é o consumo de elevados níveis
de hidratos de carbono refinados, e em particular, de açúcar (dissacárido
constituído por uma molécula de frutose e uma molécula de glucose), com especial
preocupação para o aumento do consumo de bebidas adoçadas com açúcar, intimamente
ligadas ao consumo excessivo de açúcar, e diretamente ligadas ao risco de diabetes
e obesidade.
Uso de HFCS por país. |
Consumption of non-alcoholic caloric beverages in 187 countries worldwide |
O papel da utilização do xarope de milho com
alto teor de frutose tem sido associado ao aumento da Diabetes e da Obesidade
no mundo como comprovam dois dos muitos trabalhos de investigação publicados
que aqui deixamos.
“Sugar Content of Popular Sweetened Beverages Based on Objective Laboratory Analysis:Focus on Fructose Content” publicado em 2011 e “High fructose corn syrup and diabetes prevalence: A global perspective” publicado em 2013.
·
No 1.º estudo realizado entre 23 das bebidas adoçadas
mais populares nos Estados Unidos (EUA) “
results showed that the total sugar content of the beverages ranged from 85 to 128% of what was listed on the food label. The mean fructose content in the HFCS used was 59% (range 47–65%) and several major brands appear to be produced with HFCS that is 65% fructose. Finally, the sugar profile analyses detected forms of sugar that were inconsistent with what was listed on the food labels.This analysis revealed significant deviations in sugar amount and composition relative to disclosures from producers. In addition, the tendency for use of HFCS that is higher in fructose could be contributing to higher fructose consumption than would otherwise be assumed.”
·
No 2.º estudo os resultados sugerem que “Countrie selecting to use HFCS in their food supply had a 20% higher prevalence of diabetes than countries that did not use HFCS.”
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