segunda-feira, 21 de maio de 2018

O EXERCÍCIO FÍSICO FAZ BEM À SAÚDE, A MENOS QUE FAÇA PARTE DO SEU TRABALHO


Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine de 14 de maio concluiu que os trabalhadores sujeitos a uma atividade laboral de grande intensidade física morrem prematuramente (aqui).

A atividade física enquanto, uma das funções básicas dos seres humanos é uma das principais bases para a saúde ao longo da vida. São conhecidos os seus efeitos benéficos, sobre a redução do risco e da morbilidade das doenças cardiovasculares, da hipertensão, do excesso de peso e da obesidade, da diabetes, de certas formas de cancro, da osteoporose e de outros problemas músculo-esqueléticos. Estima-se que a inatividade física seja responsável por 7% da carga global de saúde.(aqui)

Com base neste conhecimento as diretrizes internacionais recomendam que os adultos, incluindo os idosos, efetuem pelo menos 150 minutos de exercício aeróbico moderado a intensivo por semana e que as crianças e jovens façam pelo menos 60 minutos de atividade física intensa e vigorosa por dia. No entanto estas orientações, não distinguem a atividade física realizada nos diferentes contextos (atividade ocupacional, lazer) nem a sua distribuição por grupos sociais.(aqui)

Recentemente, novas evidências publicadas sugerem um contraste entre os efeitos da atividade física no tempo de lazer e durante a atividade laboral sugerindo um paradoxo na atividade física, tendo sido documentadas consequências prejudiciais para a saúde, com reflexo no aumento das doenças cardiovasculares, nas ausências ao trabalho e na mortalidade na atividade física realizada em contexto laboral.(aqui)(aqui)

Perante estes resultados, e, tendo em conta que este paradoxo tem recebido pouca atenção por parte dos cientistas, decidiu um grupo de investigadores liderados pelo Departamento de Saúde Publica e Ocupacional do “ Amsterdam Public Health Research Institute, VU University" realizar uma revisão sistemática sobre este tema, envolvendo 17 estudos longitudinais.

As conclusões agora publicadas no British Journal of Sports Medicine mostram que os trabalhadores (homens) sujeitos a atividades físicas exigentes e de alta intensidade apresentam um aumento de 18% no risco da mortalidade por todas as causas, mesmo após o controle de fatores relevantes, como a atividade física no lazer.

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