Um estudo
publicado no British Journal of Sports Medicine de 14 de maio concluiu que os
trabalhadores sujeitos a uma atividade laboral de grande intensidade física morrem
prematuramente (aqui).
A atividade
física enquanto, uma das funções básicas dos seres humanos é uma das principais
bases para a saúde ao longo da vida. São conhecidos os seus efeitos benéficos,
sobre a redução do risco e da morbilidade das doenças cardiovasculares, da
hipertensão, do excesso de peso e da obesidade, da diabetes, de certas formas
de cancro, da osteoporose e de outros problemas músculo-esqueléticos. Estima-se
que a inatividade física seja responsável por 7% da carga global de saúde.(aqui)
Com base
neste conhecimento as diretrizes internacionais recomendam que os adultos,
incluindo os idosos, efetuem pelo menos 150 minutos de exercício aeróbico
moderado a intensivo por semana e que as crianças e jovens façam pelo menos 60
minutos de atividade física intensa e vigorosa por dia. No entanto estas
orientações, não distinguem a atividade física realizada nos diferentes
contextos (atividade ocupacional, lazer) nem a sua distribuição por grupos
sociais.(aqui)
Recentemente,
novas evidências publicadas sugerem um contraste entre os efeitos da atividade
física no tempo de lazer e durante a atividade laboral sugerindo um paradoxo na
atividade física, tendo sido documentadas consequências prejudiciais para a
saúde, com reflexo no aumento das doenças cardiovasculares, nas ausências ao
trabalho e na mortalidade na atividade física realizada em contexto laboral.(aqui)(aqui)
Perante
estes resultados, e, tendo em conta que este paradoxo tem recebido pouca
atenção por parte dos cientistas, decidiu um grupo de investigadores liderados
pelo Departamento de Saúde Publica e Ocupacional do “ Amsterdam Public Health Research Institute, VU University" realizar uma revisão sistemática sobre este
tema, envolvendo 17 estudos longitudinais.
As
conclusões agora publicadas no British Journal of Sports Medicine mostram que os
trabalhadores (homens) sujeitos a atividades físicas exigentes e de alta
intensidade apresentam um aumento de 18% no risco da mortalidade por todas as
causas, mesmo após o controle de fatores relevantes, como a atividade física no
lazer.
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