Os
ovos têm estado associados desde sempre à fertilidade, ao
renascimento e ao início, tendo a cultura cristã contribuindo para a
sua associação à festa da Páscoa. A partir do século XIX
a indústria passou a produzi-los em chocolate, primeiro em chocolate
negro maciço e mais tarde em chocolate fino depois da descoberta
holandesa que permitiu a separação de manteiga de cacau a partir do
grão de cacau em 1828 e a introdução de um cacau puro pela Cadbury
Brothers em 1866.
Company
|
Net Sales 2015 (US$ millions)
|
---|---|
Mars Inc (USA)
|
18,400
|
Mondelēz International (USA)
|
16,691
|
Nestlé SA (Switzerland)
|
11,041
|
Ferrero Group (Luxembourg / Italy)
|
9,757
|
Meiji Co Ltd (Japan)
| 8,461* |
Hershey Co (USA)
|
7,422
|
Chocoladenfabriken Lindt & Sprüngli AG (Switzerland)
|
4,171
|
Arcor (Argentina)
|
3,000
|
Ezaki Glico Co Ltd (Japan)
|
2,611*
|
Yildiz Holding (Turkey)
|
2,144
|
Reference:
Candy Industry, January 2016
Candy Industry, January 2016
Com a industrialização do Chocolate no século XX
o consumo em massa iniciou-se a partir da I Guerra Mundial, passando
a Páscoa a ser uma das principais ocasiões em que a indústria do
chocolate mais aposta, pelo menos em algumas regiões onde este
hábito se tornou mais frequente, a exemplo do Reino Unido cada
criança pode receber no período da Páscoa até 2,5 kg de ovos de
chocolate no período da Páscoa (aqui) ou cerca de 71 euros em ovos de
chocolate (aqui). Mesmo em Portugal (aqui), país onde se consome menos chocolate
do que no Reino Unido, 1.7 Kg por pessoa contra 7.6 Kgs no Reino Unido
é habitual oferecer chocolate e ovos de chocolate pela época da
Páscoa que agora se avizinha.
Mas
quando comprar chocolate para oferecer lembre-se de alguns fatos:
Apesar
de existirem leis internacionais que proíbem o trabalho escravo e o
trabalho escravo infantil e dos maiores produtores de chocolate terem
acordado em 2001 estabelecer um protocolo para acabarem até 2005 com
a utilização de cacau proveniente de explorações que utilizassem
trabalho escravo e trabalho escravo infantil, um recente trabalho da
Universidade de Tulane para US Department of Labour e para
Organização Internacional do Trabalho estimou que “ almost 96 percent of the 2.12 million child laborers in cocoa production inthe two countries were involved in hazardous work in the 2013/14 harvest season, representing a 13 percent increase from the 2008/2009season. Despite these increases, children working in cocoa productionwere less likely to be exposed to multiple hazards in 2013/14 than in2008/09. Also, the number of children working in cocoa attending school rose from 59 percent to 71 percent in Côte d’Ivoire and from 91 percent to 96 percent in Ghana.”
Em
2015 o Tribunal Supremo dos Estados Unidos deu como procedente
queixas contra 3 dos principais produtores mundiais, Mars, Nestlé e
Hershey por continuarem a “ turna blind eye" to human rights abuses by cocoa suppliers in West Africa while falsely portraying themselves as socially and ethically responsible.”
Se
na Páscoa oferecer chocolates saiba quem são as grandes marcas que
continuam a utilizar trabalho escravo (aqui) e as marcas éticas aqui)
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