15 Setembro de 1979 – Uma maioria
parlamentar constituída pelos deputados do Partido Socialista (PS), do Partido
Comunista (PCP), da União Democrática e Popular (UDP) e pelo deputado
independente Brás Pinto aprovavam a Lei de Bases do Serviço Nacional de
Saúde concretizando o artigo 64.º da Constituição da República Portuguesa,
contando com a oposição dos partidos de direita e do centro direita e do
Bastonário da Ordem dos Médicos (Gentil Martins) e hoje considerado como a “joia da coroa da democracia portuguesa”.
Em dia de aniversário, com mais uma
homenagem a António Arnaut (merece as todas), com mais uma “regadela” à
Oliveira da Saúde, no Parque Verde de Coimbra, que continua enfezada por só se
lembrarem dela de tempos a tempos, vale a pena lembrar mais uma vez Arnaut na sua
batalha pelo SNS, em entrevista ao diário “As Beiras“ em 2014, «P - Criar o Serviço Nacional de Saúde
(SNS) foi um ponto de honra para si? R
- Fiz tudo o que podia, fui além do possível, para criar o SNS. Tanto no
Governo, como depois como deputado da Assembleia da República. Pedi apoio a
muita gente, mas tinha o apoio das bases do partido, da generalidade do povo,
da CGTP Intersindical – a UGT nunca se manifestou, infelizmente –, das forças
progressistas. Pedi apoio ao cardeal patriarca D. António Ribeiro, por carta, e
recebi-o. Pedi o apoio ao Conselho da Revolução e ao Presidente da República
Ramalho Eanes, e deram-mo. Recebi também o apoio da Maçonaria, onde fui
apresentar o projeto. Fiz tudo o que podia, desde a Igreja à Maçonaria, passando
pelo Conselho da Revolução, onde fui, com o Mário Mendes, explicar o conteúdo e
sentido político, humanista e técnico do SNS.» (aqui)
António Arnaut (ao centro), acompanhado dos secretários de Estado Victor Vasques e Mário Mendes - 1978 |
e deixar aos que já não se lembram
e aos que, felizmente, nunca conheceram, a fotografia de Alfredo Cunha, Hospital
do Rego (Curry Cabral – 1973).
Alfredo Cunha - Hospital Rego - 1973 |