“Poverty is multidimensional. At least three dimensions
of poverty can be measured: having relatively low income, lacking items or
services that are socially understood as necessities, and perceiving oneself to
be poor. Each of these ways of measuring assesses different dimensions of
poverty that are important to health through a combination of material and
psychosocial pathways and lead to the social-class gradient in health. Groups of
people identified as poor by one of the measures may not be the same as those
identified as poor by others. Relying on just one way of measuring poverty −
income below 60% of median income, for example − may not be sufficient for
policy purposes. From the perspective of designing policy to reduce health
inequities, a combined approach is needed to capture the constituents of what
people at different stages of life require as a minimum standard for healthy
living”
Um estudo ontem publicado pelo Urban Institute, um think
tank, fundado em 1968, pelo presidente Lyndon Johson para “to help solve the
problem that weighs heavily on the hearts and minds of all of us—the problem of
the American city and its people” em parceria com a Feeding America, a rede de
bancos alimentares Americanos, “Impossible Choices: Teens and Food Insecurityin America", explorou três questões chave: 1. How do teens experience food
insecurity in their families and communities? 2. What coping strategies,
including risky behavior, do they use to survive? 3. What are barriers to teen
participation in food assistance programs, and how could teens be better
engaged?
Num contexto de agravamento da pobreza (nos últimos 20
anos) que a recessão de 2008 agravou cerca de “6.8 million people ages 10 to 17
are food insecure, meaning they don’t have reliable access to enough
affordable, nutritious food. Another 2.9 million are very food insecure, and
roughly 4 million live in marginally food secure households, where the threat
of running out of food is real”, o relatório apresenta os resultados de um
estudo exploratório qualitativo realizado através de 20 grupos focais em 10 comunidades
norte-americanas, sobre como insegurança alimentar afeta os adolescentes americanos
(com idades entre 13 a 18) e ameaça seu bem-estar.
O estudo
conclui que quando a privação é severa e opções de emprego são limitadas, os jovens
desenvolvem estratégias que põem em causa o seu bem-estar, a sua saúde e a sua
dignidade, levando os jovens do sexo masculino a poder roubar ou a vender
drogas e os jovens do sexo feminino a desenvolverem “transactional dating
relationships”, isto é a manterem atividade sexual com homens mais velhos a
troco de refeições ou bens materiais.
Outras
conclusões:
- Os adolescentes experimentam um sentimento de vergonha em torno de fome e escondem-no. Muitos recusam-se a aceitar alimentos ou ajuda em locais públicos ou de pessoas fora do seu círculo de amigos e familiares.
- Os adolescentes com insegurança alimentar pensam em como aliviar a sua fome e conseguir que a comida possa durar mais tempo para toda a família. Vão comer a casa de amigos ou família para puderem guardar a comida da escola para o fim-de-semana.
- ·Os pais tentam proteger os adolescentes da fome responsabilizando-se por lhes conseguir alimentos, por si próprios ou através de outrem. No entanto, os adolescentes acabam por assumir rotineiramente esse papel, passando fome, para que os irmãos mais novos possam comer ou encontrando maneiras de conseguir comida e dinheiro.
- Os adolescentes preferem de uma forma esmagadora ganhar dinheiro através de um emprego formal, mas as perspetivas de emprego dos jovens são extremamente limitadas.
- Nalgumas comunidades, os adolescentes falam sobre ir para a prisão ou perder o ano escolar (de forma a puderem frequentar escolas de verão e puderem comer na escola) como estratégias para garantir refeições regulares.
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