Em
1978 na Conferência de Internacional sobre Cuidados de Saúde
Primários de Alma-Ata, os governos de todo o mundo aceitaram o
conceito de que a saúde está vinculada às condições de vida e de
trabalho da população e reconheceram a importância da participação
da comunidade em tudo o que lhe diz respeito (aqui). Apesar da compromisso
assumido por todos os países em prol da “Saúde Para Todos” e da
clareza de valores explicitados na Declaração de Alma-Ata (aqui)a seguir
para o atingir: justiça social e o direito a melhor saúde para
todos, participação e solidariedade, os dados mostram que desde
então aumentaram as diferenças entre os países e os países
pobres, e entre os ricos e os pobres de cada país.
Esta
circunstância levou a Organização Mundial de Saúde a promover o
projeto “Urban Heart”, desenvolvido pelo “WHO Kobe Centre” de forma a apoiar os trabalhos da Comissão dos
Determinantes Sociais da Saúde nomeada em 2005 para estudar as
desigualdades em saúde nas áreas urbanas.
Durante
os anos de 2008 e 2009, a OMS colaborou com 17 cidades de 10 países
para desenvolver uma ferramenta de avaliação e de resposta em
matéria de equidade em saúde nos territórios urbanos, permitindo
aos responsáveis pela elaboração de políticas locais a
identificação e a monitorização das iniquidades em saúde e a
adoção de medidas apropriadas para as combater.
“
The
Urban Health Equity Assessment and Response Tool (Urban HEART) is a
user-friendly guide for policy- and decision-makers at national and
local levels to:
• identify
and analyse inequities in health between people living in various
parts of cities, or belonging to different socioeconomic groups
within and across cities;
• facilitate
decisions on viable and effective strategies, interventions and
actions that should be used to reduce inter- and intra-city health
inequities. “ (aqui)
O
“Urban Heart” permite aos diversos intervenientes compreender
melhor:
- understand the unequal health determinants, unequal health risks and unequal health outcomes faced by people belonging to different socioeconomic groups within a city;
- use evidence when advocating and planning health equity interventions;
- participate in intersectoral collaborative action for health equity;
- apply a health equity lens in policy-making and resource allocation decisions (aqui)
Apesar
de ter sido desenvolvido em cidades de países de renda média e
baixa: Guarulhos (Brasil); Jacarta, Denpasar (Indonésia) • Nakuru
(Quénia) • Teerão (República Islâmica do Irão) • Estado de
Sarawak (Malásia) • México D.F. (México) • Ulaanbaatar
(Mongólia) • Davao, Naga, Olongapo, Paranaque, Tacloban, Taguig,
Zamboanga (Filipinas) • Colombo (Sri Lanka) • Cidade de Ho Chi
Minh (Vietname), tem vindo a ser aplicado na cidade de Toronto no
Canadá. (aqui)
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