No dia 07 de Junho de 2016, passam 108 anos sobre o
nascimento de Arnaldo Sampaio, médico, investigador, professor e alto dirigente
da administração pública portuguesa enquanto Diretor Geral da Saúde entre 1974 –
1978.
Licenciado em Medicina em 1933, médico interno dos
Hospitais Civis de Lisboa, bacteriologista no Instituto Superior de Higiene Ricardo
Jorge (1945), coordenador do Centro Nacional da Gripe, que montou e dirigiu (1953),
foi convidado para dirigir o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da
Saúde e Assistência Gabinete de Estudos e Planeamento em 1970 tendo nas
palavras do Professor Aloísio Coelho “ promovido a publicação dos «Trabalhos
Preparatórios do IV Plano de Fomento — 1971», que constituíram um pormenorizado
diagnóstico da situação de Saúde do Pais, efetuado com uma dimensão e
profundidade nunca antes atingidas e que marcaram uma época no domínio do
planeamento da Saúde em Portugal.“ (aqui). Formado em saúde pública na moderna Universidade
de John Hopkins onde obtém o grau de «Master of Science in Public Health» em
1948, professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública, assume com o
Professor Gonçalves Ferreira um papel relevante para a Saúde em Portugal,
colaborando para a elaboração do Decreto-Lei 413/71 (aqui), elemento fundamental para
a aproximação de Portugal à moderna saúde pública saída do pós-guerra, através
do reconhecimento do Direito à Saúde e do delineamento do esforço legislativo e
administrativo para o empreender e para o generalizar a toda a população, e da necessidade
de progressiva instauração de um Sistema Nacional de Saúde com capacidade para
executar esta política. Peça fundamental da legislação de Saúde em Portugal cria
centros de saúde de 1.ª geração.
ARNALDO SAMPAIO |
Diretor Geral de Saúde 1974 a 1978, (aqui)figura de grande
prestígio internacional, participante ativo na Organização Mundial de Saúde, preocupou-se
sempre mais com as pessoas que com os edifícios, tal como o citou o seu filho,
o Presidente Jorge Sampaio, no dia 21 de Abril de 1996 ao Centro de Saúde de
Mértola “ Não te preocupes em demasiado
com os edifícios, se são novos ou velhos. Preocupa-te, sim, com quem lá
trabalha, se estão lá, se trabalham, se têm ligações às pessoas, se as pessoas
os reconhecem como seus médicos ou seus enfermeiros, se têm carinho com eles,
se a unidade funciona lá por dentro. Porque por fora têm pouca importância".
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