sábado, 28 de novembro de 2015

BRASIL - ESTRATÉGIA SAÚDE FAMÍLIA - UMA BOA PRÁTICA - BANCO MUNDIAL

O Brasil tem atravessado nos últimos 20 anos um período de crescimento económico acompanhado de marcadas melhorias nos padrões de vida dos brasileiros. De acordo com a informação do Banco Mundial, embora o crescimento económico (3,2% ao ano) não tenha acompanhado o ritmo dos anos 1960 e 1970 (quando o economia cresceu a uma média anual de 6,6%), os indicadores socioeconómicos tiveram um crescimento sem precedentes (aqui).

A percentagem da população que vivia em extrema pobreza (US $ 1,9/dia) diminuiu em quase ¾ passando de 20.6% em 1990 para 3.9% em 2013, um diminuição ainda maior ocorreu na mortalidade antes dos 5 anos, passando de 60.8/1.000 em 1990 para 16.2/1.000 em 2013, a prevalência de crianças com baixo peso foi reduzida para metade (de 4,5% para 2.2%), e a proporção da população sem acesso a água potável diminuiu em ¾ passando de 11% para menos de 3%. A esperança média de vida ao nascer passou de 66.5 anos em 1990 para de 73,9 em 2013, comparando favoravelmente com os países do seu grupo rendimento. Este progresso foi alcançado, em parte, através de estratégias de desenvolvimento focadas no investimento em sectores sociais, mantidas inclusivamente durante os períodos de austeridade ou crise financeira. Estes investimentos incluíram a implementação de programas sociais como o Bolsa Família e reformas abrangentes como as que se verificaram no sector da saúde. Uma vez que a Constituição de 1988, tinha estabelecido o acesso à saúde como um direito dos cidadãos e uma obrigação do Estado, este princípio foi gradualmente transposto para a prática através de uma série de sucessivas reformas, começando com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), uma sistema nacional de saúde financiado por impostos a que toda a população tem direito (aqui) (aqui).

O tema deste estudo de caso tem sido uma pedra angular do SUS. Uma série de avaliações do SUS foram realizadas ao longo dos anos, apontando para progressos significativos na melhoria do acesso e contribuindo para a melhoria dos indicadores de saúde do Brasil.
Os estudos também apontam também para deficiências, sobretudo na área dos cuidados hospitalares, persistindo muitas ineficiências, uma elevada fragmentação do sistema e problemas de cobertura nos cuidados hospitalares.


No entanto, a Estratégia Saúde da Família incluída Política Nacional de Atenção Básica foi bem-sucedida. Neste estudo de caso o Banco Mundial avalia as suas principais características, conquistas e desafios e analisa a contribuição dessa estratégia para a criação e implementação de cobertura universal de saúde para todos os brasileiros.

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