Como vimos em posts anteriores,
há muito que se sabe que o estatuto social e económico está associado à
saúde. Sabemos que quanto mais elevado é o estatuto socioeconómico melhor é a
saúde das pessoas.
Canadian Medical Association |
Partindo desta constatação o
Colégio dos Médicos de Família do Ontário, Canadá, tem vindo a desenvolver um
conjunto de iniciativas em torno do trabalho do Dr. Gary Bloch, médico de família e professor no Departamento de Medicina Familiar e Comunitária da Universidade de Toronto,
sobre saúde, rendimento e pobreza, visando conhecer a relação entre estes determinantes (renda e pobreza)e a saúde, e criar um quadro de referência para os médicos e em particular para os médicos de família, que lhes permita valorizar e rastrear a
pobreza como um dos fatores de risco a introduzir no processo de decisão clínica.
Partindo de uma pergunta simples “Você
já teve dificuldade em fazer face às suas despesas no final do mês?" Gary Bloch construiu um instrumento que permite aos médicos de família rastrear e intervir na pobreza.
Indo mais longe e reconhecendo
que a intervenção individual na consulta não é suficiente, Gary Bloch e
coletivo "OCFP Poverty and Health Community of Practice" defendem a necessidade
dos médicos de família se envolverem na “prescrição de rendimentos”.
Fica aqui o testemunho dos médicos
de família do Ontário, Canadá e o desafio para as associações médicas
portuguesas colocarem as determinantes sociais na agenda da saúde.
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