O projeto europeu SOPHIE desenvolvido
entre Novembro de 2011 e Outubro de 2015, teve como objetivo gerar novas
evidências sobre o impacto das políticas estruturais europeias sobre as
desigualdades na saúde, e desenvolver metodologias inovadoras para a avaliação
destas políticas na Europa.
A maior parte da população
considera que as principais causas das desigualdades em saúde resultam da
genética ou dos comportamentos individuais como os chamados estilos de vida
(consumo de tabaco, de álcool, etc.), é o que se chama de “ideologia biomédica
dominante”. Contudo e apesar de serem importantes, estas causas não permitem
explicar o estado de saúde da população, nem a produção de desigualdades em
saúde numa determinada sociedade.
Tal como reconheceu a Organização Mundial de Saúde através da Comissão dos Determinantes Sociais da Saúde as desigualdades em saúde são influenciadas por fatores como: as condições de vida e de trabalho, como são o contexto político e socioeconómico do país onde vivemos, as condições de trabalho e do emprego (situação laboral e precaridade), o nível de rendimentos, o trabalho não remunerado (tarefas domésticas rotineiras, como cozinhar, limpar, jardinar e cuidar da casa), a qualidade da habitação e o local onde se situa. Reconheceu também que os serviços de saúde podem ter um efeito sobre as desigualdades, sobretudo se o acesso, a utilização e a qualidade forem desfavoráveis aos grupos sociais mais desfavorecidos.
Tal como reconheceu a Organização Mundial de Saúde através da Comissão dos Determinantes Sociais da Saúde as desigualdades em saúde são influenciadas por fatores como: as condições de vida e de trabalho, como são o contexto político e socioeconómico do país onde vivemos, as condições de trabalho e do emprego (situação laboral e precaridade), o nível de rendimentos, o trabalho não remunerado (tarefas domésticas rotineiras, como cozinhar, limpar, jardinar e cuidar da casa), a qualidade da habitação e o local onde se situa. Reconheceu também que os serviços de saúde podem ter um efeito sobre as desigualdades, sobretudo se o acesso, a utilização e a qualidade forem desfavoráveis aos grupos sociais mais desfavorecidos.
Tendo isto em conta é necessário desenvolver
e por em prática políticas públicas que possam reduzir as desigualdades em
saúde, para isso é necessário estudar e analisar as desigualdades em saúde e as
políticas que as tentam reduzir, objetivo do projeto SOPHIE.
O Exemplo das Desigualdades de Género em Saúde na União Europeia.
As conclusões do projeto SOPHIE confirmam que na maioria dos países europeus as mulheres têm pior saúde do que os homens, apesar de viverem mais anos e que as desigualdades de género na saúde são maiores em países com políticas menos orientadas para a igualdade de género.
As conclusões do projeto SOPHIE confirmam que na maioria dos países europeus as mulheres têm pior saúde do que os homens, apesar de viverem mais anos e que as desigualdades de género na saúde são maiores em países com políticas menos orientadas para a igualdade de género.
Assim nos países que o projeto SOPHIE denomina de tradicionais (sul e centro) e contraditórios as mulheres são mais propensas a relatar pior saúde do que os homens, sobretudo nos países do Sul, resultados confirmados no caso de Portugal no recente Inquérito Nacional de Saúde 2014.
Nos países orientados para o mercado as desigualdades de género atingem sobretudo a saúde mental, sobretudo entre as classes trabalhadoras e em particular entre os assalariados.
O peso da combinação entre o
emprego e as tarefas familiares parecem ser especialmente prejudiciais para a
autopercepção da saúde e da saúde mental para as mulheres dos países.
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