Em 1964, Stewart Wolf médico e
professor na Universidade de Oklahoma, escrevia uma carta ao Editor do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA) dando conta da sua surpresa pelo facto da
população da pequena localidade de Roseto na Pensilvânia, habitada por uma
comunidade de migrantes italianos vindos da original Roseto Valfortore, na
província de Foggia, Itália, apresentar um reduzido número de mortes por doença
cardiovascular em particular nos homens com menos de 55 anos. Ao longo dos anos
seguintes Stewart Wolf e John Brown, sociólogo, e as suas equipas procuraram estudar
e encontrar as “ causas” para esta realidade.
À medida que os estudos decorriam
surgiram mais surpresas, os habitantes de Roseto não se distinguiam das
comunidades à sua volta, tal como Malcolm Gladwell os descreve no seu livro Outliers “ Wolf's first thought was that the Rosetans must have held on to some
dietary practices from the old world that left them healthier than other
Americans. But he quickly
realized that wasn't true. The Rosetans were cooking with lard, instead of the
much healthier olive oil they used back in Italy. Pizza in Italy was a thin
crust with salt, oil, and perhaps some tomatoes, anchovies or onions. Pizza in
Pennsylvania was bread dough plus sausage, pepperoni, salami, ham and sometimes
eggs. Sweets like biscotti and taralli used to be reserved for Christmas and
Easter; now they were eaten all year round. When Wolf had dieticians analyze
the typical Rosetan's eating habits, he found that a whopping 41 percent of
their calories came from fat. Nor was this a town where people got up at dawn
to do yoga and run a brisk six miles. The Pennsylvanian Rosetans smoked
heavily, and many were struggling with obesity.”
Afastada esta e outras
explicações (herança genética) a causa
das causas foi encontrada na estrutura social da comunidade, onde as
tradições, a família, a solidariedade e o igualitarismo prevaleciam sobre
outros valores e tornavam evidente que a coesão e o suporte social tinham efeitos
sobre a longevidade.
A história continua em 1992 no trabalho “The Roseto Effect: A 50-Year Comparison of Mortality Rates” , publicado no American Journal of Public Health, quando os autores voltaram a mergulhar nos dados estatísticos de Roseto, encontrando uma alteração epidemiológica que aproximava agora a comunidade de Roseto do padrão de mortalidade por doença cardiovascular das comunidades vizinhas, à medida que os " rosetans" se americanizaram modificando a estrutura social da sua comunidade.
A história continua em 1992 no trabalho “The Roseto Effect: A 50-Year Comparison of Mortality Rates” , publicado no American Journal of Public Health, quando os autores voltaram a mergulhar nos dados estatísticos de Roseto, encontrando uma alteração epidemiológica que aproximava agora a comunidade de Roseto do padrão de mortalidade por doença cardiovascular das comunidades vizinhas, à medida que os " rosetans" se americanizaram modificando a estrutura social da sua comunidade.
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